Rotary Club de Arouca homenageou o Prof. Joaquim Brandão de Almeida

Numa iniciativa do Rotary Club de Arouca foram muitos os que se associaram à homenagem ao Prof. Joaquim de Almeida, numa cerimónia realizada no passado dia 25 de abril, na vila de Arouca. Das inúmeras intervenções ficou uma ideia comum: estávamos perante alguém “de causas” que, nas suas múltiplas vertentes, teve uma vida plena ao serviço de uma terra e de um povo.

Depois do que aqui ouvi fiquei convencido que se o Papa estivesse presente mandava-me canonizar” – foi assim, em jeito de brincadeira, que o Prof. Joaquim Brandão de Almeida começou a sua intervenção, na cerimónia do Rotary de Arouca, para depois esclarecer que esta não foi da sua vontade. Havia condicionalismos e enunciou-os. No entanto, comovido, confessou: “gostei de ouvir o que foi dito”. Razões não faltaram!

O autarca, o político, o professor, o dirigente associativo, o bancário… o amigo, como foi grandemente recordado, sentia-se sobretudo orgulhoso de um trabalho realizado em prol da sua comunidade. Enquanto pedagogo realçou a importância de ter ensinado os seus alunos a pensar e enquanto autarca a capacidade para mobilizar recursos (então tão escassos) e vontades, antes e depois do 25 de abril. Ali, naquele momento, com o seu contributo e do também ex-presidente da Câmara, Zeferino Brandão (que se associou ao evento, com todo o gosto, como enfatizou), ficou a saber-se como foi pensada, projetada e desenvolvida uma terra que hoje nos orgulhamos de ter. Na análise às muitas vertentes da sua vida assumiu que “apesar de tudo… não é um homem feliz”, até porque, de si sabe “ter poucas certezas”. Não, não nos pareceu que daí possa advir desencanto, pois, apesar da sua profícua idade, “tem esperança no futuro da ciência para nos dar respostas para a inevitabilidade da morte”.

Brandão Almeida terminou a sua intervenção agradecendo ao Rotary e a todos quantos ali estavam presentes.

Valores e princípios ao serviço de várias causas

Entre os 120 participantes foram muitos os que quiseram testemunhar o seu apreço pelo Prof. Brandão de Almeida. Desde ex-presidentes, dirigentes associativos, políticos, familiares…amigos. E por ali viu-se muito afeto, e uma amizade cultivada, ou mesmo “polida”- a expressão foi do socialista Carlos Esteves, na sua múltipla qualidade de seu ex-vereador da oposição (a quem o Presidente da Câmara social-democrata atribuiu pelouros) e atual membro da Mesa da Assembleia Municipal. Falaram de valores e princípios e até de ensinamentos – algo destacado, com especial ênfase, por um dos seus netos (Pedro) e por um dos seus filhos, Luís Almeida.

José Eduardo Silvestre, presidente do Rotary, depois de enunciar os princípios que norteiam aquela estrutura social, evocou o percurso do Prof. Almeida e “todo um livro de ação” que, no seu entendimento, justificou plenamente aquele gesto nobre de gratidão. Tratou-se de um reconhecimento justo – destacou ainda.

Rui Vilar, presidente do PSD de Arouca, realçou o papel do homenageado na afirmação da social-democracia no município e foi portador de um cumprimento especial de Rui Rio. Elísio Brandão, ex-presidente da Assembleia Municipal, deixou o seu testemunho de “profunda admiração e apreço”, enquanto Armando Zola, entre “histórias de vida”, assumiu que Brandão de Almeida foi “um homem do 25 de abril” dada a sua prática efetiva “na afirmação dos valores da liberdade” e no “engrandecimento de Arouca”, destacando também a importância que teve o também seu professor na implementação e credibilidade da AICIA. Zeferino Duarte Brandão assentou muito a sua intervenção no conhecimento real e efetivo do percurso do “seu vizinho e amigo’ para realçar que, como autarca (um cargo de extrema exigência), antes e depois do 25 de abril, “sempre colocou o seu talento e a sua inteligência na resolução dos graves problemas do concelho”. Qualidades que, ainda no seu entender, colocou também ao serviço da Caixa de Crédito Agrícola de Arouca. Por isso deixou um obrigado “por tudo aquilo que fez”.

O vice-presidente da Câmara de Arouca, António Tavares, depois de agradecer “todo o trabalho que o Prof. Almeida fez por Arouca”, evidenciou o seu “exemplo pela causa pública” e também de um docente que “ficou na sua memória”.

Do Presidente da Junta de Freguesia de Várzea (freguesia de onde é natural e reside) foi lida uma mensagem de congratulação, enquanto Carlos Esteves se referiu “ao amigo Joaquim” como “um homem que marcou uma época como autarca”, que sempre “procurou consensos” aliando a isso “uma extraordinária disponibilidade para ouvir”.

Entre outras intervenções (José Paulo Oliveira, Sérgio Almeida, José Artur…), a cofundadora deste jornal, Cláudia Oliveira, agradeceu o apoio que o homenageado, enquanto presidente da CCAA, deu ao “Discurso Directo” quando este dava os primeiros passos. ÓPB.

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