É inquestionável que o serviço de entrega postal no concelho de Arouca piorou, sobretudo nos últimos meses. A degradação da entrega de correspondência é evidente, sendo que à nossa redação chegaram diversas queixas pelo atraso, de diversos dias, na entrega do jornal.
Ao que conseguimos apurar esta situação deve-se à falta de recursos, nomeadamente carteiros, e ao agenciamento desse serviço, que nem sempre tem dado uma resposta capaz.
A questão foi já analisada nas últimas duas sessões da Assembleia Municipal. Em 27 de julho pelo deputado municipal do PSD, Óscar Brandão, e em 26 de setembro por Carlos Esteves, do PS. A Presidente da Câmara, Margarida Belém, assumiu o compromisso de interceder junto daquela empresa para que o serviço de entrega de correspondência volte a ter a qualidade que já teve e que se exige – e que mesmo sendo prestado por uma empresa privada é público.
No seu site os CTT asseguram que “a distribuição postal é diária”, esclarecendo que “o correio deve ser recolhido dos pontos de acesso à rede postal (estações e postos, marcos de correio, etc.) e distribuído nos domicílios dos destinatários pelo menos uma vez por dia, em todos os dias úteis. Esta tarefa é assegurada pelos CTT, enquanto operador do serviço postal universal.”
O fecho de serviços um pouco por todo o país.
Os CTT e os serviços que presta (ou não) no país tem levado, em diferentes paragens e espaços políticos, a um debate aceso. Como pano de fundo está a privatização dos CTT, pelo anterior governo, como resultado da intervenção da Troika (e do acordo assinado com esta pelo PS, CDS-PP e PSD), e a rentabilização que os donos agora pretendem obter do investimento entretanto feito.
A principal crítica tem a ver com o fecho dos postos pelo país e que tanta falta faz às populações. O atendimento aos balcões de alguns postos também tem vindo a receber críticas. A “privatização redundou em prejuízos para os utentes” é a principal ideia que transparece na opinião pública.