Grande parte da história de Arouca é feita à sombra do convento. Para o bem e para o mal, quer se queira quer não, a última morada de S.ta Mafalda, a neta de D. Afonso Henriques, foi e é o mosteiro de que nos orgulhamos e ainda o nosso maior ex-libris. Por isso, estranha-se que por vezes seja esquecido ou passe ao lado da propaganda oficial do turismo, que pôs Arouca na crista da onda e há dias foi de novo premiado a nível da Europa. E, a quem contribuiu para isso, o mérito ninguém lho tira… Mas o mosteiro, com as suas valências, também faz parte do Geopark.
Bem, mas este é apenas um aparte, o objetivo é mesmo falar do mosteiro. Que através dos séculos atravessou vicissitudes, bons e maus momentos, fogos, calamidades, serviu de morada e alojou serviços. O mesmo mosteiro que até recebeu a visita de Salazar que – dizem – vinha investigar «se valia a pena o dinheiro gasto ali». Ali a gastar. De qualquer modo, foram-se ultrapassando obstáculos, além da vertente religiosa, albergando serviços e assim chegamos aos nossos dias. Agora aguardam-se novas obras e até há um muito ambicionado projecto a nível da gastronomia.
Depois as coisas simples que se deviam acautelar na medida do possível. Por exemplo a invasão de pombas, que neste momento se verifica, só porque existem uns vitrais e uns vidros partidos. Dejectos por todo o lado, incluindo nas caleiras, telhado em mau estado, aqueles pequenos grandes problemas a que é preciso prestar atenção todos os dias. Bem sabemos que o mosteiro depende da Direcção Regional da Cultura do Norte, que se prepara para fazer obras, mas quem se preocupa tanto com «requalificações», inclusive do Terreiro, (mais uma) que pelos vistos não reúne consenso, não ficava nada mal pensar e, no mínimo, recomendar mais atenção para estas “ninharias”.
Porque ninhos, pelos vistos é o que mais por lá há… E as culpadas nem sequer são as pombinhas!…
As pombinhas vadias…
(A.)