A suspensão das obras na ponte suspensa sobre o rio Paiva tem alimentado especulações de vária natureza. No entanto, a razão para tal prende-se com a qualidade dos cabos de aço, segundo informação prestada pela Presidente da Câmara Municipal, Margarida Belém, na Assembleia Municipal realizada na passada segunda-feira, e não os testes em túnel de vento. A empresa fornecedora já terá reconhecido o problema.
Este é o último atraso conhecido de “um projeto inovador” – as palavras continuam a ser da edil arouquense que respondia a uma questão do Vereador do PS, António Cruz – é justificado por si pela sofisticação da obra. Razões, adiantou ainda, que justificam corresponder em pleno a todas as exigências do projetista.
De referir que esta obra tem também centrado o debate na Câmara Municipal. Na reunião do dia 17, o Vereador do PSD, Vítor Carvalho, depois de lembrar os vários anúncios para a sua conclusão, disse não ser “correto criar expectativas a empresários e cidadãos, que projetam as suas vidas e os investimentos em função das mesmas; na prática o que se verifica são constantes avanços e recuos, gorando expectativas, gastando recursos com ações «experimentalistas», sendo gravoso a falta de clarividência e forma pouco clara e objetiva da comunicação, ou a inexistência de informação sobre o ponto de situação do desenvolvimento desta e de outras Infraestruturas”, pelo que pediu “um esclarecimento cabal aos Arouquenses sobre: se a ponte está suspensa ou não? Quando perspetiva a sua abertura? Qual o ponto de situação dos acessos à mesma? E os custos que estão subjacentes à mesma.”
O esclarecimento concreto, por parte da Presidente da Câmara não surgiu na altura, onde apenas assinalou que face a complexidade esta está “a decorrer com a normalidade possível face aos imprevistos que, entretanto, foram surgindo, e que abrirá quando estiver terminada”. A razão objetiva ficou assim para a sessão da Assembleia Municipal. AB.