No passado sábado, o PCP realizou, em restaurante de Arouca, um jantar comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril, em que interveio Fausto Neves, músico, professor universitário, dirigente associativo e membro da Direcção Regional de Aveiro do PCP e do seu executivo.
Na sua intervenção lembrou esse momento maior da história do País, iniciado pelo levantamento militar dos capitães de Abril, seguido pelo
levantamento popular que deu corpo à aliança Povo-MFA.
Revolução emancipadora que soube “instalar liberdades e direitos, aumentar salários, concretizar o salário mínimo nacional, a redução do horário de trabalho, os 30 dias de férias e o subsídio de férias, a criação do subsídio de desemprego, assegurar a licença de maternidade e o aumento significativo do abono de família, o direito das mulheres à igualdade, os direitos das pessoas com deficiência, os direitos dos reformados, pensionistas e idosos, a promoção da educação, cultura e desporto e a ocupação dos tempos livres”, referiu a força política. E que “liquidou o capitalismo monopolista e latifundiário que era o grande suporte do regime fascista e pôs fim à guerra colonial, afirmando a opção do País por uma política de paz, fraternidade, cooperação e amizade”, acrescentaram.
Com “48 anos de retrocessos e política de direita, protagonizada por governos PS, PSD, com ou sem CDS, que contaram sempre com o apoio daqueles que são hoje dirigentes do Chega e IL, foi reconstituído o domínio dos grupos monopolistas sobre a vida nacional, à margem e contra a Constituição da República Portuguesa”.
O actual momento de “agravamento da situação económica e social e de acentuação das injustiças e desigualdades – os baixos salários e pensões, as crescentes dificuldades na vida de quem trabalha e de quem trabalhou, a precariedade, a emigração forçada dos jovens ou o contínuo aumento do custo de vida, evidencia a necessidade de democratas e patriotas, de todos os que se preocupam com o rumo político que está a ser seguido, e entendem que é hora de convergir na acção pela política alternativa que, com a força dos trabalhadores e do povo, ponha o País no rumo de Abril”, concluiram.