Dois tipos de vespas, originárias da Ásia, estão a destruir colmeias e castanheiros e já são grandes os prejuízos no norte do país. Também Arouca começa a ser vítima da praga, que aumentou nos últimos meses com especial incidência nos castanheiros, prejudicando a produção e pondo mesmo em risco a vida das árvores.
A chamada vespa velutina, de maiores dimensões, ataca as colmeias e mata as abelhas, chegando a construir ninhos com cerca de 1 metro de altura e 80cm de diâmetro. Têm aumentado em várias freguesias, sendo a sua destruição a forma mais eficaz de evitar os prejuízos. Por isso, sempre que é detectada a presença dum ninho, as autoridades aconselham a contactar as autarquias ou a Proteção Civil. Foi o que fez o senhor José Martins, apicultor da freguesia de Moldes, em relação aos ninhos de grandes dimensões, que na imagem reproduzimos.
Quanto à chamada vespa-das-galhas dos castanheiros, originária da China, aumentou de forma preocupante no concelho, à semelhança do que acontece em regiões como Trás-os-Montes, pondo em risco não só a produção como a vida das árvores. A postura de ovos dá origem ao intumescimento dos tecidos jovens, pequenos nódulos, donde emergem as fêmeas que vão dar origem a novas posturas. Existe um parasitoide para controlo biológico de que em Arouca já foram feitas algumas largadas, consideradas insuficientes.
Curiosamente, numa terra onde até se faz uma Feira da Castanha, e que no passado os da beira-mar chamavam “terra da castanha” não se ouve falar destes problemas. Que passam ao lado de outras prioridades e projectos de milhões.
E, no mínimo, não ficava mal a ninguém, incluindo autarcas e responsáveis ligados ao sector a todos os níveis, reconhecer que o problema existe, afecta explorações tradicionais e a economia.