O deputado do PSD Amadeu Albergaria exige do governo uma clarificação quanto à segunda fase da via Feira/Arouca. Numa pergunta dirigida ao Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, o parlamentar social democrata recorda tratar-se da concretização de um anseio das populações, com promessas sucessivamente adiadas.
No texto que suporta a pergunta, Amadeu Albergaria lembra que “a conclusão da variante Feira/Arouca é a concretização de uma obra estruturante para uma região, prometida há anos, uma vez que o projeto de execução foi adjudicado em 2007”. O deputado aveirense quer saber da tutela qual o ponto de situação quanto à conclusão da via, se já foi lançado concurso para a segunda fase, e, se não foi, quando prevê o governo o lançamento.
“Esta obra tem sido alvo de muitas e repetidas promessas. Estão agora reunidas todas as condições para que avance para o terreno e há um silêncio do governo em relação a esta via de comunicação. Espero que não estejam a atrasar este processo. Por isso, é importante que o governo responda a esta questão e diga à população quando arranca a obra” – vinca o deputado do PSD, ao comentar a iniciativa parlamentar.
Amadeu Albergaria sublinha que, comparativamente com o projeto inicial, “a via será, hoje, substancialmente mais barata, considerando o acordo entres as câmaras municipais de Arouca e de Santa Maria da Feira, que permitiu substituir uma boa parte do troço em perfil de autoestrada ou via rápida pela reabilitação da EN223 entre Arrifana e o nó da A1, obra que, entretanto, deverá avançar”.
No documento agora entregue na Assembleia da República, o deputado do PSD sustenta que a requalificação da EN223 entre o nó do IC2 de Arrifana e o IP1/A1 permite substituir parte assinalável do troço programado desta variante, aproveitando a ligação do referido nó do IC2 ao nó da A32 a Nascente, onde desembocará o troço da variante Feira-Arouca com início em Mansores, com consequente redução do investimento inicialmente programado.
Recorde-se que a primeira fase da obra foi lançada em 2001, tendo sido concluída em 2005. Tem uma extensão de, aproximadamente, 10 quilómetros e custou mais de 32,6 milhões de euros. Esta empreitada contemplou obras de artes especiais que custaram pouco mais de 14,5 milhões de euros. Tem quatro viadutos, sendo dada pelas Infraestruturas de Portugal (IP) como uma obra de engenharia pura.
A conclusão desta variante – cujo primeiro troço se fica por Mansores – ligará o concelho de Arouca ao de Santa Maria da Feira e à autoestrada do Norte (A1), ao IC2, à A32 e à A29, bem como a ligação ao futuro IC35 que ligará Castelo de Paiva a Sever do Vouga e à A25.
“Estando concluído o projeto e havendo notícias de que as peças para concurso estariam prontas, importa fazer um ponto de situação. As populações desejam e já merecem que as máquinas vão para o terreno” – conclui Amadeu Albergaria.