PCP Arouca preocupado com o eventual encerramento da Escola EB1 de Moldes

COMUNICADO | “Na Assembleia Municipal de Arouca, realizada no passado mês de Dezembro, no período de intervenção dos munícipes, do dito (e do não dito) pela Presidente da Câmara Municipal de Arouca ficou a ideia de que a Escola EB 1 de Moldes tem destino traçado, um pouco mais de sessenta anos depois da sua entrada em funcionamento encerrará portas. Sobre esta matéria tornamos público o seguinte:

I – O processo de concentração e encerramento de serviços continua, tal como o nome indica é um processo e não uma etapa sectorial – não tem fim, integra diversos serviços públicos e tem objectivos que vão muito para além da recorrente desculpa demográfica. Visa reduzir custos, encurtar a rede pública e “litoralizar” os serviços do país, o que no nosso concelho tem tradução na tendência “Arouca é o Vale, o resto é paisagem!”

II – A Escola EB1 de Moldes (e a EB1 de Ponte de Telhe), tal como a EB1 de Serra da Vila, em Mansores, como todos os munícipes já perceberam, são as “senhoras” que se seguem neste processo de encerramento de serviços educativos do concelho. Serão mais duas freguesias a juntar às nove já sem escola – Albergaria da Serra, Cabreiros, Covelo de Paivó, Espiunca, Janarde, S. Miguel do Mato, Tropeço, Urrô e Várzea.

III – O encerramento de escolas foi, e é, a contrapartida que a Câmara Municipal de Arouca assumiu, no passado, com o Ministério da Educação, formal ou informalmente, para construir Escolas EB1 sobredimensionadas, os chamados Polos Escolares que reformularam completamente a rede escolar do 1º Ciclo do Ensino Básico no concelho, à revelia da Carta Educativa.

IV – Uma nova rede escolar que, afinal, mantém as distorções e desequilíbrios na distribuição dos alunos pelos estabelecimentos, escolas sobrelotadas no centro e subocupadas na periferia, veja-se, no caso da zona nascente do concelho, o nível concentração de alunos na EB1 de Arouca e no Centro Escolar do Burgo e o nível de salas desocupadas nas restantes.

V – O passado mostra-nos que quando as populações se manifestam é possível reverter, ou pelo menos conter, estes processos intentados pelo Estado (central e local). E em Arouca temos disso exemplo, as lutas da população de Mansores pela manutenção da EB 1 Serra da Vila e da população do chamado fundo do concelho contra a fusão do Agrupamento de Escolas de Escariz com o Agrupamento de Escolas de Arouca. Agora, é Moldes que está na berlinda. Do poder central já se viu a intenção, do local a resignação. É a vez dos munícipes d’além Portela afirmarem o que reivindicam.”

A Comissão Concelhia de Arouca do PCP

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