A direção do Arouca e a administração da sociedade gestora do futebol, ambas lideradas por Carlos Pinho, apresentaram a demissão, confirmou no passado sábado o Presidente da Mesa da Assembleia Geral (AG) do clube, José Luís Alves, que recebeu os pedidos no dia anterior.
Há mais de uma década no comando dos destinos da formação arouquense, Carlos Pinho, presidente do clube e líder da SDUQ, decidiu colocar um ponto final na ligação ao clube, sendo seguido pelos restantes oito elementos da direção e por Paulo Cerqueira e Joel Pinho, os outros dois nomes que compunham a administração da sociedade.
“O Arouca está numa situação de ausência de direção e a mesa da AG vai diligenciar os meios necessários para que o Arouca se mantenha de forma mais ou menos equilibrada e assegurar que a inscrição para competir no Campeonato de Portugal decorra com naturalidade”, afirmou o dirigente, em conferência de imprensa, referindo igualmente que os membros demissionários alegaram “motivos de ordem pessoal” para a decisão.
Assembleia Geral a 7 de junho
Está marcada para o próximo dia 7 de junho uma Assembleia Geral Extraordinária, em que serão nomeadas comissões de gestão, quer para a direção do clube quer para a Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ) que gere o futebol da equipa principal dos arouquenses.
Nessa reunião magna também será aprovado o regulamento eleitoral para as próximas eleições, que decorrerão no dia 29 de junho. Até à nomeação das comissões de gestão, a direção e administração demissionárias continuarão em funções.
A possibilidade de um pedido de insolvência da SDUQ, esclarece também José Luís Alves, não foi equacionado. “Nunca esteve em cima da mesa a questão do pedido de insolvência. O que poderá estar em cima da mesa é a necessidade do equilíbrio financeiro e é natural que nesta fase o Arouca pense seriamente num PER (Processo Especial de Revitalização)”, afirmou.
O presidente da mesa da AG informou igualmente que já decorreram contactos ao longo desta semana entre a direção demissionária e o plantel e que já houve rescisões de contratos com jogadores por “mútuo acordo”.
De referir que o mandato do empresário Carlos Pinho à frente dos destinos do Arouca, despromovido ao Campeonato de Portugal no último domingo, terminaria em junho de 2020.