“O Arouca não acabou e vai continuar forte” – a afirmação foi proferida pelo presidente demissionário do Futebol Clube de Arouca, Carlos Pinho, na Assembleia Geral do clube, ocorrida na passada sexta-feira no Estádio Municipal de Arouca. Nesta reunião magna Joel Pinho foi nomeado presidente de gestão do Arouca e da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ).
“Estou confiante que esta crise diretiva vai ter uma solução. Tenho esperança…estou otimista que até ao dia 17 de julho surja uma lista ”, disse ao nosso jornal o Presidente da Assembleia Geral, José Luís Alves, após esta reunião marcante para a vida do “Arouca”, que contou com cerca de sete dezenas de associados, entre os quais alguns elementos da direção e da SDUQ, demissionários.
Para José Luís Alves, que ao longo dos últimos dias se tem desdobrado em múltiplos contactos, o ex-presidente, Carlos Pinho, que esteve ao leme do clube durante de 14 anos, “terá um papel crucial na construção de uma nova equipa diretiva”. Para si, e face ao passivo do clube (cerca de 800 mil euros), “há a necessidade das forças vivas do município mobilizar recursos e vontades para ajudar o clube”, sendo que a Câmara Municipal, que é proprietária do estádio onde a equipa, deverá ter um papel importante. Sobre a sua continuidade disse-nos: “estou a ponderar se tenho condições para continuar”.
Quatro elementos na Comissão de gestão
Para além de Joel Pinho (foto) a comissão de gestão, do clube e da SDUQ é composta por mais três elementos: Paulo Cerqueira, Flávio Soares e José Américo Quaresma. Esta vai dirigir o clube até ao próximo dia 29 de junho, data do próximo ato eleitoral.
Nesta mesma assembleia-geral foi aprovado um pedido de um Processo Especial de Revitalização (PER) de forma a criar a sustentabilidade financeira necessária para este clube histórico continuar a fazer história. Foi também aprovado um voto de louvor à direção demissionária.
De referir que o Futebol Clube de Arouca desceu da 2ª Liga ao Campeonato de Portugal em 19 de maio. Tal como noticiamos na última edição, poucos dias depois, a direção do clube e da SDUQ que geria o futebol profissional apresentaram a demissão.
A nota relevante deixada pelos participantes nesta reunião magna tem sobretudo a ver com o clima conciliador como esta decorreu e que se evidenciou também nas palavras de incentivo para os dirigentes demissionários para que continuem ao leme do clube.