Decorreu esta tarde, a visita para a imprensa local às obras da ponte ‘516 Arouca’. A sessão contou com as intervenções de Margarida Belém, presidente da Câmara Municipal de Arouca; Benedita Martins, presidente executiva da Conduril Engenharia e António Tadeu, técnico do IteCons.
“Estamos na parte da finalização da empreitada, colocamos os dois tabuleiros finais que vão deixar a ponte verdadeiramente operacional, mas há um conjunto de intervenções e estudos que estão em curso e são fundamentais para podermos abrir”, informou Margarida Belém.
Tal como já havido sido informado na Assembleia Municipal do passado dia 29, a abertura da ponte está prevista para outubro: “tudo estamos a fazer para que no início do outono, em finais de setembro ou início de outubro, possamos fazer uma pré-abertura. E será uma pré-abertura, porque aquilo que idealizamos no início não vai ser possível concretizar, portanto estamos aqui a prever uma pré-abertura e vamos preparar depois o cenário que temos idealizado, com a construção da ligação para Alvarenga através de um passadiço e a criação das infraestruturas de apoio e de acolhimento”, afirmou ainda a autarca.
Dimensionada para suportar cerca de 1815 pessoas em simultâneo, Margarida Belém afirma que “não é isso que vai acontecer. Vai ser definida uma capacidade de carga, a que se considerar desejável e sustentável, mas que será muito abaixo do limite”.
No que diz respeito à bilhética, a situação ainda está a ser estudada, até porque a ponte poderá ser visitada sem a obrigatoriedade de fazer também os Passadiços do Paiva, ou seja, as infraestruturas poderão ser visitadas juntas ou em separado, de acordo com a vontade dos visitantes, prevendo-se que os valores sejam também distintos. “Há um valor que está pensado, mas que ainda não é definitivo. Vai ser calculado um valor que não vai ter nada a ver com o valor dos Passadiços. Sem dúvida que vai ser uma atração integrada dos Passadiços do Paiva, mas que vai ter identidade própria”, afirmou a edil arouquense.
António Tadeu, técnico da IteCons, referiu que “o grande desafio desta ponte esteve em ter a capacidade de controlar duas coisas: conferir segurança à ponte e ter uma solução esbelta. Eu acho que essa parte foi a mais complicada”, disse, explicando também o processo de construção e as caraterísticas da ponte.
Esta infra-estrutura terá um custo de cerca de dois milhões de euros, contando com o apoio do Programa Operacional NORTE 2020, no âmbito do PROVERE – Programa de Valorização de Recursos Endógenos, no valor de um milhão e duzentos mil euros. Serão 516 metros de comprimento, a uma elevação de 175 metros do rio.
A empreitada é da responsabilidade da empresa Conduril – Engenharia, SA, com base num projeto do Itecons — Instituto de Investigação e Desenvolvimento Tecnológico para a Construção, Energia, Ambiente e Sustentabilidade, da Universidade de Coimbra.
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