COMUNICADO | “A propósito dos posts que têm vindo a circular nas redes sociais relativos a situações de poluição no rio Paiva, que apontam como causas alegadas descargas da ETAR de Alvarenga e incumprimento dos normativos de funcionamento da pocilga de Mealha (União de Freguesia de Canelas e Espiunca), o Município informa que tem desenvolvido um conjunto de iniciativas junto das várias entidades com competências na área da gestão ambiental, nomeadamente Agência Portuguesa do Ambiente, Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (GNR), ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, DRAP-N, Ministério do Ambiente e a ARSNorte, com vista à identificação dos focos de poluição. Foi também solicitada a colaboração da Simdouro, entidade gestora das ETAR’s instaladas nas bacias dos afluentes do Paiva (Alvarenga e Moldes), para validar as suas condições de funcionamento.
Paralelamente, considerando o início da época balnear e na sequência das várias diligências que a autarquia tem vindo a efetuar desde 2018, por iniciativa e a expensas do Município e com a colaboração técnica da ARSNorte, foi definido e executado um plano de recolha de amostras de água em 6 pontos do rio Paiva e seus afluentes com o objetivo de identificar a sua qualidade e detetar a presença e tipo de salmonella. Tem sido a presença desta bactéria que tem ditado a interdição das zonas balneares e da praia do Areinho pela autoridade de saúde.
Os resultados preliminares das análises deste plano, implementado nos meses de abril e maio do corrente ano, indicaram presença de 4 estirpes (serovares) diferentes de salmonella. Quanto à qualidade da água, importa referir que, na maioria dos locais, e de acordo com as referidas análises, a mesma é boa, nomeadamente na ribeira de Mealha. Estamos ainda a aguardar que nos seja fornecida informação técnica detalhada sobre as estirpes de salmonella na expectativa de que se consiga perceber e identificar a sua origem.
O Município irá, assim, reforçar a exigência de uma intervenção urgente no terreno junto das entidades com competência na matéria com o objetivo de se obter explicações cabais quanto a eventuais focos de poluição e à origem da salmonella, pois até ao momento, e pese embora todos os esforços encetados por parte do Município, tal ainda não foi possível.”