Devido às características únicas que esta formação geológica representa a nível mundial, as Pedras Parideiras vão ser agora classificadas como Monumento Natural Local.
A notícia veio a público devido a um aviso publicado hoje em Diário da República, devido às características únicas que este geossítio apresenta a nível mundial.
O referido aviso que saiu em Diário da República informou relativamente à decisão tomada pela Câmara de Arouca, aprovada em Assembleia Municipal, de classificar o maciço granito da Aldeia da Castanheira, com cerca de um quilómetro quadrado, localizado na Serra da Freita e cuja particularidade científica é ter nódulos biotíticos escuros que pela força da erosão se soltam da rocha-mãe e é por isso denominada de “parideira”, a Monumento Natural Local.
O Arouca Geopark já descreveu o fenómeno como algo único no mundo, uma vez que apresentam biotite na sua camada externa e quartzo e feldspato no interior, sendo que a sua composição remonta ao período entre 320 a 310 milhões de anos atrás.
Margarida Belém, presidente da Câmara Municipal de Arouca, em declarações à Lusa, referiu que a classificação deste património geológico como monumento significa a formalização de um reconhecimento que a população de Arouca, e “também a externa ao concelho e até do país”, tem para com o fenómeno desde há muito.
Já em 2009 o fenómeno das “Pedras Parideiras” foi classificado como geossítio do Arouca Geopark, situação que o valorizou ainda mais, passando de seguida a integrar a Rede Europeia e Global de Geoparques, sob a tutela da UNESCO-Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura.
Margarida Belém reforçou ainda à Lusa, “a grande vantagem da classificação pelo Decreto-Lei 142/2008 é que agora temos uma proteção legal do sítio e não apenas um reconhecimento científico e educativo da sua singularidade. Materializamos assim a recomendação que emana dos estatutos do Programa Internacional de Geociências e Geoparques da UNESCO, que define que cabe a cada estado-membro garantir a classificação legal do património natural que integre esse programa”.
De acordo com um regulamento que ainda vai ser redigido a classificação como Monumento Natural Local significa que o referido Património passa a ser objeto do processo dentro do qual “passará a ser reconhecido pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e a integrar a Rede Nacional de Áreas Protegidas”.
A autarca acredita que a classificação que foi formalizada pelo Diário da República vem “ajudar as autoridades no seu esforço de protegerem um local que é único no país e no mundo”, tal como avançou à Lusa.
Fonte: Lusa/ Jornal Sapo Online
Foto: Portoenorte