Homem que matou ex-mulher em Escariz foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão

O feminicídio ocorreu a quatro de junho do ano passado quando, apesar de separados, Adriano Campos e a vítima, Celestina Ferreira, mantinham encontros casuais, aos fins de semana, quando o arguido regressava de Espanha, onde trabalhava.

No dia anterior ao crime, Adriano, de 53 anos, encontrou a ex-companheira, de 51 anos, a conversar com outro homem, num espaço comercial, junto aos Bombeiros de Fajões.  

Durante o julgamento, Adriano referiu que “tinha combinado tomar um café nos bombeiros de Fajões (com a vítima), e que a viu a dançar com outro homem”.

Já durante a madrugada, acabaram ambos por sair daquele local no carro de Adriano. Pelo caminho terão discutido, o que motivou o arguido depois de chegarem a Escariz, local onde residia, a ir buscar uma arma para, segundo ele, “se matar”.

Pelo meio da discussão, Celestina terá dito que “um dos filhos (o mais novo), não era de Adriano” o que motivou o arguido a disparar mortalmente.  

De acordo com o colectivo de juízes, ficou provada a grande maioria dos factos constantes da acusação. A juíza lembrou ao arguido que “não deu qualquer hipótese à vítima” e que os motivos que apresentou ao tribunal para justificar o ato não foram valorizados.
Deste modo foi condenado a 18 anos e seis meses pelo crime de homicídio qualificado, agravado por utilização de arma, e dois anos e seis meses pelo crime de detenção de arma proibida. Adriano Campos foi sentenciado a pena única de 19 anos e seis meses.

Texto: Luís Teixeira

A vítima Celestina Ferreira
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