Sete anos depois, o Estádio Municipal de Arouca voltou a receber jogos das competições europeias
O Arouca recebeu e venceu o Brann, por 2-1, num jogo recheado de pormenores. Apesar do calor que se fazia sentir, o Estádio Municipal de Arouca acolheu 2388 espetadores que apoiaram os arouquenses neste que foi o jogo referente à primeira mão da 3ª pré-eliminatória da Conference League. A partida fica marcada pela ineficácia do Arouca, que poderia ter obtido um resultado mais volumoso, e ainda pelo critério largo na arbitragem, que apesar de terem sido assinaladas 31 faltas, só foram mostrados 4 cartões amarelos. Daniel Ramos manteve o desenho tático, o 4-4-2, sendo que a única mudança relativamente ao jogo contra o Rio Ave foi o regresso de Jerome Opoku, que substituiu Rafael Fernandes.
O jogo inicia-se com o Arouca a pressionar alto, de forma a complicar a saída de bola do Brann, algo que concentrou muito o jogo na zona central do campo. O primeiro remate do encontro é do Arouca e logo com perigo, já que Mujica, aos 8 minutos, ia marcando de chapéu num duelo de 1 para 1 com Dyngeland. Somaram-se mais algumas oportunidades, por intermédio de Sylla e Cristo, até que o Brann remata pela primeira vez, de livre, que passa a rasar o poste. Aos 23 minutos surge o 1-0, marcado por Rafa Mujica. O ponta de lança espanhol continua com a veia goleadora afinada marcando, desta vez, num ataque em que Cristo recupera a bola no meio campo e mete-a nas costas da defesa norueguesa, onde apareceu Mujica, e este ultrapassou o guarda redes e marcou o primeiro golo da partida. Mujica e Cristo foram quem continuou a tentar marcar na primeira parte, sempre com muito perigo, deixando a sensação de que o Arouca podia perfeitamente ter ido para o intervalo com mais golos marcados.
Isso talvez possa ter afetado a equipa do Arouca, já que esta na primeira parte esteve dominante, contudo na segunda nem tanto. A defesa e o meio campo arouquenses pareceram sempre bastante nervosos, perdendo várias segundas bolas e permitindo investidas e remates do Brann, coisa que não acontecia na primeira parte. E numa altura em que era o Brann quem estava por cima do encontro, Cristo, minutos depois, de um falhanço à boca da baliza, marca o segundo aos 73 minutos, numa das poucas jogadas ofensivas do Arouca que não terminavam com a perda da posse de bola. Depois de tanto ameaçar, o Brann marca aos 79 minutos, por intermédio de Warming, que foi mais rápido que a defesa do Arouca. Até ao final da partida, registou-se apenas uma oportunidade de Bukia, já no tempo de compensação, em que a bola parecia ter entrado, mas na verdade rasou o poste e saiu para fora.
Conferência de imprensa:
Daniel Ramos (Arouca) – “O sinal do nosso domínio foi o número de oportunidades que o Brann teve, apesar de ter uma maior posse de bola, mas fica um sabor amargo porque a vantagem que queríamos e merecíamos não foi a vantagem conseguida.”
E. Horneland (Brann) – “Talvez o Arouca merecesse marcar mais um golo, estamos contentes, mas teremos que fazer um melhor jogo na próxima quinta-feira e este resultado dá-nos algo com que trabalhar.”
Suplentes Arouca:
Thiago e J. Valido (GR), B.Milovanov, R.Fernandes e Weverson (DF), O.Busquets, Y.Moses, P.Santos (MD), A.Bukia, Y.Lawal e M.Puche (AT)
Ficaram de fora Vitinho, P.Moreira e B.Michel por lesão.
Suplentes Brann:
E.Johansen (GR), T.Pedersen, E.Helland (DF), N.Jensen, U.Mathisen, J.Tveit (MD), M.Warming, A.Heggebø (AT)
Substituições Arouca:
74 – Sai M.Sylla, entra A.Bukia
81 – Sai E.Kouassi, entra O.Busquets; Sai Cristo, entra M.Puche
Substituições Brann:
46 – Sai M.Simba, entra T.Pedersen
61 – Sai N.Castro, entra M.Warming
77 – Sai S.Kartum, entra N.Jensen; Sai F.Børsting, entra U.Mathisen
96 – Sai F.Myhre, entra A.Heggebø
Arbitragem:
David Munro (Escócia), David Roome e David McGeachie, Grant Irvine como 4º árbitro. Nesta eliminatória, não há VAR.
Disciplina Arouca:
Cartão amarelo a Galovic (64 mins) e O.Busquets (84)
Disciplina Brann:
Cartão amarelo a M.Warming (70 mins) e a T.Pedersen (80)
SIMÃO DUARTE