Polémicas atrás de polémicas

Porto – Arouca com polémicas antes, durante e após o jogo

Os adeptos do Porto e do Arouca aguardavam com interesse pelo jogo entre as suas equipas às seis da tarde de ontem. O que qualquer um talvez não esperasse foi as diversas polémicas que ocorreram antes, durante e após o jogo. Ao início da tarde, pouco antes das três horas, surge a primeira polémica: Jerome Opoku, central do Arouca que falhou este jogo, criticou abertamente o clube. Nas suas redes sociais, em publicação entretanto apagada, mas só depois de já ter sido noticiada, o central escreveu: «Nunca experienciei um comportamento tão nojento como este por parte de um clube. Já chega!». Esta publicação poder-se-á explicar pela cobiça que, segundo os jornais desportivos, o Estrela Vermelha e o Basaksehir terão demonstrando. Contudo, não há nenhuma fonte segura que tenha confirmado ou desmentido qualquer proposta.

No jogo propriamente dito, o VAR falhou. Na primeira das três quedas na área do Arouca por parte dos avançados portistas, o árbitro Miguel Nogueira teve de comunicar com o VAR por telefone, já que não havia forma de ver as imagens. Depois do jogo, o Conselho de Arbitragem veio esclarecer o sucedido, em comunicado:

“1. No jogo FC Porto-Arouca – perto dos 90 minutos – verificou-se quebra de comunicação áudio e vídeo; 2. A comunicação áudio e vídeo foi retomada já durante o período de compensação; 3. A quebra de comunicação será analisada do ponto de vista técnico e as conclusões tornadas públicas”

Sobre esta falha, Daniel Ramos revelou o que o Miguel Nogueira disse: “O árbitro chamou-nos e disse que estavam sem conexão para ver as imagens no campo, embora as imagens tivessem sido analisadas pelo VAR. A indicação que tinha é de que não era penálti e tinha que acreditar no VAR.”. Já Vítor Bruno, treinador adjunto dos portistas, classificou toda a situação como “uma caricatura daquele que tem sido o futebol mais recente aqui em Portugal.”.

Os jogadores das duas equipas também falaram sobre as incidências do jogo. Cristo, sabendo da dificuldade do jogo, refere que “na minha vida, nunca vi 20 minutos de compensação”. O capitão do Porto, Marcano, justificou os minutos de compensação: É verdade que o árbitro deu 17 minutos de compensação, mas houve antijogo nos 90’… .É difícil”. Nas redes sociais, David Simão reagiu a estas declarações, apontando para os 56,91% de tempo útil deste jogo, que, segundo a Liga, foi o jogo desta jornada com maior percentagem do mesmo.

Como se tudo isto não bastasse, após o encontro, o FCPorto, em comunicado, refere ter apresentado “um protesto aos delegados da Liga tendo em vista a anulação do jogo com o Arouca”, devido à “atuação do árbitro no momento da reversão, na sequência de uma chamada telefónica e sem acesso às imagens do lance, do penálti assinalado pelo árbitro de campo por falta sobre Mehdi Taremi.”. O Benfica também reagiu ao jogo em comunicado, pedindo que “se apresentem as razões para 17 minutos de descontos” e também as razões “para deixar o jogo prosseguir até aos 22 minutos de tempo extra para lá dos 90!”.

Simão Duarte

Foto: instagram FC Arouca

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