Erros graves e vitórias das restantes equipas colocam o Arouca em último
Após as vitórias do Estoril e Rio Ave, o Arouca partia em último lugar para o jogo com o Farense e por lá permanece, após ter perdido por 2-0. O jogo teve duas partes distintas: na primeira, os Lobos de Arouca não foram mais do que uns pequeninos lobinhos, tendo-se agigantado na segunda parte, provando que o bom esforço pecou por tardio.
Com as ausências dos dois laterais esquerdos do clube e do habitual titular Rafael Fernandes, Daniel Ramos apostou num 4-4-2, com Montero a lateral esquerdo, e os regressos de Matías Rocha e Galovic ao centro da defesa. José Mota, no Farense, fez entrar Pastor, Muscat e V.Gonçalves para os lugares de Delgado, A.Jorge e Isidoro.
Na primeira parte, ambas as equipas respeitaram-se imenso, jogando sempre com receio do que o adversário pudesse fazer. Apesar do Arouca, estatisticamente, ter registado melhores números que o Farense, a verdade é que dois erros grosseiros provocaram os dois golos da equipa algarvia. No 1-0, Matías Rocha falha desnecessariamente um passe, avança, deixando uma cratera nas costas da defesa, que Bruno Duarte aproveita e, no 1 para 1 com Arruabarrena, acaba derrubado pelo guardião arouquense. Arruabarrena adivinhou o lado para o qual Mattheus Oliveira chutou, mas não conseguiu chegar à bola. No 2-0, a bola toca na mão de Montero e, no penalty, desta vez batido por Bruno Duarte, acontece o mesmo que no primeiro. Apesar das oportunidades no início do jogo, o Arouca chegou ao intervalo num total vazio de ideias.
Com as entradas de David Simão e Milovanov ao intervalo, os arouquenses aparecem revigorados na segunda parte, dominando-a por completo. Tanto por mérito próprio como por demérito do Farense que demorou a saber reagir com o poderio, o Arouca de tudo fez durante os segundos 45 minutos, mas não foi suficiente. Muito se tentou, sem grande efeito, lançamentos diretos para a área, que pouco efeito surtiram. A finalização, o calcanhar de Aquiles já habitual no seio da equipa, voltou a estar furos abaixo do que se viu no início da temporada, havendo várias oportunidades falhadas e algumas defendidas por Ricardo Velho.
Posto isto, o Arouca termina a décima jornada no fundo da tabela, complicando as suas contas e a vida de Daniel Ramos no clube.
Suplentes Farense:
L.Filipe (GR), J.Delgado, A.Jorge, (DF), Isidoro, R.Barbosa, Caseres (MD), Baldé, Ponde, R.Costa (AT)
Suplentes Arouca:
Thiago (GR), Milovanov (DF), P.Santos, Busquets, D.Simão, (MD), Lawal, Puche, Bukia, B.Michel (AT)
Ficaram de fora Quaresma, Valido, P.Moreira, Moses, Vitinho, Weverson e R.Fernandes
Substituições Farense:
57 – Sai M.Matias, entra R.Costa
64 – Sai C.Falcão, entra Isidoro; Sai M.Oliveira, entra Caseres
82 – Sai Belloumi, entra A.Jorge; Sai V.Gonçalves, entra R.Barbosa
Substituições Arouca:
46 – Sai Trezza, entra D.Simão; sai M.Rocha, entra Milovanov
73 – Sai Sylla, entra Puche
83 – Sai Cristo, entra Montero
88 – Sai Montero, entra P.Santos
Arbitragem:
Iancu Vasilica, Álvaro M., H.Santos, G.Neves. No VAR, J.Gonçalves e Ângelo. C
Disciplina Farense:
Cartão amarelo a C.Falcão (25)
Disciplina Arouca:
Cartão amarelo a D.Simão (71)
Conferência de imprensa:
José Mota (Farense) – “O jogo, em algumas circunstâncias, foi dividido, mas sempre com sinal mais do Farense. Criámos mais perigo, fomos fortes nos corredores. Tivemos também a felicidade de acontecerem dois lances de grande penalidade, mas foram justos.”
Daniel Ramos (Arouca) – “Acho que entrámos bem no jogo. Uma primeira parte muito equilibrada, onde o desnível do resultado advém de dois penáltis. A segunda parte foi toda ela dominada pela equipa do Arouca. Tivemos domínio, circulação, boas jogadas, oportunidades de golo, faltou a bola entrar. E quando assim é, fica difícil. (Sobre o lugar em risco) É um assunto interno, entre mim e a direção. Se entendermos que não existem condições, é fácil: o treinador sai.”
Simão Duarte
Foto: FC Arouca
Foto: Facebook FCArouca
Simão Duarte