Em Arouca as queixas e reclamações dos utentes multiplicaram-se após o conhecimento dos circuitos e dos horários da nova rede de transportes metropolitanos, Unir. O “post” de 30 de novembro, da Câmara Municipal de Arouca, na sua página da rede social facebook, a anunciar o novo serviço, referia que se tratava de “uma nova rede de autocarros comprometida em garantir a qualidade de transporte público de passageiros através de uma nova forma de mobilidade, materializada numa nova frota, mais linhas, mais horários, maior cobertura, mais conforto e mais amiga do ambiente”, e remetendo para uma página na internet onde poderiam ser consultados os circuitos e o horários. A página do município foi de imediato inundada de comentários muitos críticos, falando em vergonha e desrespeito pela população, sobretudo das freguesias e Canelas/Espiunca, Alvarenga, Covêlo /Janarde e Moldes. Os principais lesados, aí identificados, são idosos e alunos da EB23/Secundária.

As reações levaram a Câmara a, um dia depois, assumir que solicitou prontamente a revisão dos circuitos e dos horários e “que tem estado a acompanhar de modo próximo todos os alertas que têm sido reportados a este nível pelos munícipes estando, neste momento, a ser encetados todos os esforços, em articulação com a Área Metropolitana do Porto (AMP) e o operador, no sentido de se assegurar a manutenção da oferta de transportes que se encontra em vigor” até  30 de novembro, dizendo também esperar “ter informação atualizada o mais brevemente possível”.

De referir que, segundo a imprensa, problemas da mesma natureza estão a acontecer em outros concelhos da AMP. O Jornal de Notícias, na sua edição on-line do dia 1, entre muitos lamentos, ouviu uma moradora de Arouca, Adélia Silva que também contava com o transporte das 10 horas. Revolta-se: “isto não cabe na cabeça de ninguém”.