Caixiantunes | “Queremos presar pela qualidade, manter um nível, e não baixar esse nível”

O Empresas & Empresários desta semana dá-lhe a conhecer a Caixiantunes, empresa de caixilharia em PVC arouquense, localizada em Escariz-Cimo da Inha, que trabalha no setor há uns sólidos 4 anos sendo, na perspetiva do seu CEO David Antunes, “ainda uma bebé no mercado”. Apesar dos poucos anos de existência, e tal como contaram ao DD, têm trilhado um percurso de sucesso e crescimento, de ano para ano, e angariando igualmente inúmeros clientes.

 

“O PVC é supereficiente em termos de eficiência energética”

A empresa que atua no setor da caixilharia iniciou a sua atividade há sensivelmente 4 anos sendo, na perspetiva de David Antunes, ainda “uma bebé” no mercado. A Caixiantunes começou por ser “uma empresa em nome individual”, da qual faziam parte apenas o CEO, David Antunes, e outro funcionário, chamava-se David da Rocha Antunes-Caixilharia, todavia alteraram para Caixiantunes Lda, marca que agora pretendem expandir.

Apesar de David Antunes ter começado a trabalhar com “caixilharia de alumínio” (serralharia), com a abertura da empresa analisou a opção do PVC. Com os problemas climáticos e a preocupação na poupança de energia, o PVC consegue uma eficiência energética muito boa, alem de ser um material reciclável.

O PVC é “supereficiente em termos térmicos, e em “termos acústicos”, há gamas que são 100% recicláveis, enquanto que o metal “é extraído”, realçou o empresário.

A Caixiantunes já trabalhou com uma gama constituída 100% de material reciclável, no entanto, a marca com que laboram atualmente que é Cortizo, “bastante conceituada no mercado da caixilharia”, ainda não é composta por material reciclável. “Mas já há muitas marcas de PVC que já só trabalham com o reciclável”, informou.

Quando questionado qual o material mais barato, se o PVC ou o alumínio, o empresário respondeu que depende do coeficiente térmico e acústico de uma para a outra, “o PVC torna-se mais barato para o mesmo coeficiente térmico e acústico”, salientou, acrescentando que, “no entanto, há caixilharias que são mais caras no PVC”. Não obstante, “por exemplo” em “montras grandes”, ou “janelas muito grandes”, com o mesmo tipo de sistemas (janelas de plataformas elevatórias ou oscilo-paralelas) o PVC aí “já sai mais caro”.

 

“Fazemos tudo o que engloba a caixilharia”

Ficamos igualmente a perceber, a partir da conversa que tivemos com o CEO David Antunes que o PVC é também um material “flexível”, o que acaba “por ser bom”. “Antigamente as pessoas diziam que não, mas tudo o que é flexível não parte. Repare numa casa nova, pouco depois de ser construída fica com rachadelas”, garantiu, no entanto, “o PVC dilata”, mas não dilata muito.  As marcas com as quais a Caixiantunes trabalha (Rehau e Cortizo) têm “um tubo de ferro no interior”, com “3 milímetros de espessura no mínimo” que não permite que ele “dilate demasiado”. “Existe sempre alguma dilatação, o que é bom, mas não em demasiado.”

A Caixiantunes representa duas marcas a Rehau e a Cortizo, tal como referido, e acabam por receber tudo montado de fábrica realizando apenas a instalação. Apesar disso, fazem também tudo o que “engloba a caixilharia”, não tanto a serralharia como grades de varandas, mas tudo o que envolva “janelas e portas”. Aplicam tanto em estabelecimentos públicos como em casas familiares, apartamentos, pois “tudo o que engloba janelas e portas é caixilharia”.

Paralelamente, no que toca à publicidade que fazem dos seus serviços David Antunes refere que o boca a boca tem servido bastante bem até ao momento. Além disso, têm um técnico de vendas (comercial), que faz a sua prospeção de mercado, e trabalha “diariamente nisso”. Sobre a temática das redes, David Antunes informou que no Instagram está concentrado um público mais jovem, daí não ter muito adesão em mensagens. Já no Facebook admitiu serem mais proativos, e que até é por aí que têm tido alguns pedidos de orçamento. “A faixa etária das pessoas que utiliza o Facebook tem tudo de 40/50 anos para cima”.

O proprietário acabou por admitir que a publicidade “boca a boca” é “sempre a melhor.”

 

“O que nos distingue da concorrência digamos assim, é a qualidade do produto e a qualidade da instalação”

Momentos depois, o empresário anunciou uma novidade, a de que se encontram a fazer “manutenção no site”, uma vez que querem fazer “algo diferente”, onde o cliente possa realizar “um pedido de orçamento” aí, não precisando de contactar, para que seja “tudo digital”. Por esse motivo, o site da Caixiantunes não se encontra disponível. No entanto, quando estiver finalizado avançou que querem apostar mais em “publicidade” quando o site já estiver mais estruturado.

No que toca à concorrência, o jovem informou que na zona, empresas a trabalhar com PVC não existem muitas. A nível nacional a zona em que a Caixiantunes mais trabalha é o Grande Porto, (“90%”), assim como Vale do Sousa, mas em Aveiro “já há mais concorrência”.

Distinguem-se das restantes empresas no mercado pela “qualidade do produto e qualidade da instalação”, e também pelo pós-venda, uma vez que se o cliente tiver de compor algo, (“porque quando se tira as janelas antigas ficam sempre pormenores por arranjar”), a Caixiantunes tenta arranja sempre maneira de resolver a situação sem “pessoa ter de recorrer a um trolha”. Apesar disso, o CEO David Antunes confessa que o seu produto é caro, em termos de comparação com carros estão numa gama Mercedes, mas já tiveram gamas mais baratas.

As duas marcas com as quais trabalham são fabricadas em Espanha, e vêm de lá para Portugal para serem aplicadas cá. “Já trabalhamos com uma marca portuguesa, mas era de uma gama mais baixa, no entanto, os problemas que nos dava depois, não compensava, porque nós queremos presar pela qualidade, queremos manter um nível, não queremos baixar esse nível.”

Na zona de Arouca as pessoas nunca optaram muito pelo PVC. Estão muito agarradas à ideia das janelas de alumínio, nesse sentido que também têm estado presentes na Exposição Industrial da Feira das Colheitas para que as pessoas “vejam o produto”. Também têm vindo aqui à loja e têm gostado muito.”

 

“Queremos crescer também ao nível das instalações”

Com 5 funcionários a tempo inteiro e mais duas pessoas que vêm ajudar quando existe “mais afluência de trabalho” a faturação anual da Caixiantunes ronda os 250 mil/300 mil euros. “Temos vindo sempre a crescer ao nível de faturação, também somos uma empresa pequena, estamos ainda na parte de ascensão. Temos feito alguns investimentos na parte de funcionários, de carros, Feiras, e tem corrido bem”. O proprietário referiu de seguida que nunca passaram por nenhuma crise desde a sua criação, e que até durante a pandemia trabalharam bem, notando-se uma situação fora do normal. “A partir do Covid as pessoas começaram a ficar mais por casa, deram mais valor ao conforto do lar, e começamos a ser abordados com isso.

Os maiores obstáculos com que se deparam atualmente em Portugal é falta de mão de obra, pois segundo o empresário não têm suficientes e os impostos. “São essas as maiores dores de cabeça que tenho.”

Para o futuro têm a ambição de crescer e se instalarem em novas instalações de preferência na zona industrial de Escariz-Arouca, muito embora os preços que têm visto em Santa Maria da Feira sejam bastante mais aliciantes.

Ana Castro

Fotos: DR_Caixiantunes

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