Assembleia Municipal: oposição acusa Presidente de não ter obra emblemática

Auditório Municipal apontado como uma das infraestruturas necessárias

 

Foi pela noite dentro, do passado dia 29, que decorreu a última sessão da Assembleia Municipal de Arouca. Entre muitos temas discutidos, Rui Vilar, da bancada do PSD, trouxe a debate o tema da inexistência de obras públicas “emblemáticas e de realce” em Arouca, durante a presidência de Margarida Belém (desde 1997).  Por sua vez, Margarida Belém defendeu-se, explanando que é “bem visível” a obra deste executivo, e que “só quem não vive em Arouca” é que não vê as obras e a dinâmica deste território.

 

Já haviam passado quase duas horas desde o início da sessão, que se iniciou às 20:40, quando o deputado Rui Vilar fez a sua intervenção, questionando a Presidente Margarida Belém relativamente à falta de obras públicas “emblemáticas” do concelho, que tivessem sido realizadas nos seus mandatos. “Tirando obras que executou que vinham do anterior executivo, o que temos ao fim destes anos é um redondo zero, em termos de obras emblemáticas para o concelho de Arouca”.

“Sei que vai falar do novo Parque de Saúde também vai falar na habitação, mas isso são obras do PRR, e citando Pedro Nuno Santos essas obras são do governo e não dos Municípios”, conferiu o deputado. “A conclusão a que chegamos é que ou há um PRR, ou um 2030 ou qualquer programa europeu para se fazer obra nenhuma”, acrescentou. Além disso, o social democrata lembrou os presentes que Margarida Belém já “teve mais de 100 milhões de euros do orçamento Municipal” e que pouco ou nada se “vê”.

 

“O que é feito de um auditório Municipal que Arouca mais do que precisa”

 

O autarca foi direto ao ponto e questionou “o que é feito de um Auditório Municipal” que Arouca “mais do que precisa”, nomeadamente para “as associações fazerem os seus espetáculos”. “É necessário que seja um edifício condigno para termos espetáculos, que haja conforto, e condições técnicas para o efeito, até para atrair outro tipo de espetáculos que não podem vir a Arouca porque não há auditório”, explicou.

A mesma situação sucede no que toca a um “Pavilhão Municipal”, ou “Pavilhão Multiusos”. De seguida garantiu, “tal como o PSD tem proposto desde 2009”, se governar em 2025 “um Auditório e um Pavilhão Municipal vão ser obra em Arouca”, quer haja fundos “do PRR, europeus, etc.”, nem que seja “com orçamento Municipal, compromisso que mantemos há muitos anos”, denotou.

 

“Só quem não vive em Arouca é que não vê as obras e a dinâmica que Arouca tem”

 

Margarida Belém, em sua defesa e do seu executivo, conferiu que “é bem visível a obra que este executivo fez”, durante os dois anos. “Só quem não vive em Arouca é que não vê as obras e a dinâmica que o território tem implementado”, expôs, concordando, contudo, que “percebe” o ponto de vista do deputado, pois acredita que todos “têm perspetivas e visões distintas”.

No que toca ao Auditório Municipal a Presidente confirmou que “vão avançar”, tal como o projeto de remodelação do Edifício Municipal, todavia, como não têm “arquiteto”, enquanto não concluírem esse “o procedimento concursal”, vão continuar a “lançar concursos para determinadas obras”, como têm feito “em várias situações”. A dirigente demarcou ainda que o Auditório Municipal é também uma das “reivindicações” da Assembleia Municipal, que já se demonstrou “disponível” para “validar empréstimos”, se assim fosse necessário, para o construir. Não obstante, lembrou que são projetos que não são como “construir uma casa”, ou “reabilitar uma habitação”, são projetos “complexos e robustos” que merecem “todo o tempo e cuidado para o seu trabalho”.

Ana Castro

Fotos: Frames da Gravação da Assembleia Municipal realizada por Sportflash Solutions

*Notícia completa na próxima edição impressa-dia 5 de abril nas bancas;

 

 

 

 

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