“10 anos no caminho para a humanização” foi o nome da palestra que assinalou uma década de funcionamento do projeto municipal “Saúde em Movimento”. A sessão aconteceu a 20 de março, na Biblioteca Municipal de Arouca, e a entrada foi livre.
Margarida Belém, Presidente da Câmara Municipal, que inaugurou a sessão de abertura, referiu que toda a comunidade beneficia deste Projeto, que a seu ver “é mais do que um projeto”. Com ele houve a necessidade “de apoiar os doentes” que precisam “de apoio, de transporte para os tratamentos e consultas”, tendo sido feita uma auscultação. De seguida a edil referiu que se juntaram os “Bombeiros Voluntários de Arouca”, lembrando que já se passaram “10 anos” desde o início do Projeto. “Foram cerca de centena e meia de Arouquenses que beneficiaram deste apoio, sendo, por isso, um projeto coletivo. Devemos dar o nosso melhor para dar resposta aqueles que precisam para que ninguém fique para trás na nossa sociedade, explicou.
A autarca informou também que “houve um alívio para os familiares” de terem que “faltar ao trabalho para acompanhar” os doentes. Finalizou referindo que são várias pessoas a trabalhar nesta iniciativa “assistentes sociais, técnicos, bombeiros”, que transportam a pessoa “até à consulta (quase até à porta da consulta)”, e “têm um papel fundamental”. “Todo este percurso acaba por ser enriquecedor porque tem permitido a mim e à equipa experienciar situações de vida que são efetivamente verdadeiros exemplos de resiliência e transformação”, confessou Margarida Belém.
Por sua vez Miguel Paiva “Presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Entre Douro e Vouga” admitiu ter ficado “honrado com o convite” feito pela autarquia, e que estas iniciativas são “a expressão e representação do SNS no território de Arouca”. “Tudo o que acontece e que promove a saúde da população tem a ver connosco, acabando todos por ser beneficiados com isso”. Ademais, devido ao SNS ser reconhecido “como das instituições mais fundamentais que resultaram do Portugal democrático”, tem “plena consciência que “que embora exista uma missão global para o país”, existem “particularidades” em determinadas regiões que “obrigam a ter atenções especiais”. “É mais fácil chegarmos a populações densamente aglomeradas, nos meios urbanos, do que a territórios como este de baixa densidade, com montanha, e neve no inverno que nos obrigam a ter uma preocupação particular.”
“Existem particularidades em determinadas regiões que obrigam a ter atenções especiais”
A ULS com a descentralização de competências tem “tentado aprofundar as respostas já existentes” para ter mais capacidade de foco sobre a população, uma vez que o objetivo, segundo Miguel Paiva, é “continuar a assegurar médico de família na ordem dos 100 %, o acesso às especialidades hospitalares, respostas de proximidade, e cuidados domiciliários.”
Além disso, informou os presentes que a ULS Entre Douro e Vouga possui um “corpo profissional de 3500 pessoas, para assegurar esta resposta assistencial”, e um orçamento “menor que “280 milhões de euros para toda a população”.
*Notícia mais desenvolvida na próxima edição impresa-dia 5 nas bancas;