Arouca vai ter novo serviço de recolha e tratamento de Biorresíduos

Operação quer diminuir “despesas correntes”, “reeducar a comunidade” e implementar Projeto Piloto em Alvarenga

O Município de Arouca vai ter um novo serviço de recolha e tratamento de biorresíduos, que vai permitir a valorização de resíduos verdes de parques e jardins e de resíduos alimentares, evitando a sua deposição em aterro. A apresentação pública do Plano de Ação para a Gestão dos biorresíduos decorreu no dia 15 de maio, na Biblioteca Municipal de Arouca, onde também se ficou a saber que um Projeto Piloto relacionado com serviço vai ser implementado em Alvarenga.

 

Para contextualizar a ação Margarida Belém começou por referir que este Plano é “um passo significativo, e extremamente importante, na dinâmica do Município”, que para resultar requer a colaboração de “toda a comunidade”. A autarca recordou que os biorresíduos são algo com que lidamos diariamente e, por isso, vamos “ter de aprender uma nova forma de lidar”. Relembrando que este processo “é uma aprendizagem”, a socialista apelou para a “mudança” de hábitos, solicitando uma “maior colaboração neste processo”, que é “um desafio para todos”.

Ademais a redução de resíduos é uma meta que a presidente salientou que têm de “cumprir”, e que é “extremamente necessária”.

Paralelamente, afirmou que a comunicação neste tema é igualmente “muito importante” e que a autarquia vai ter de a desempenhar de forma “sistemática e persistente”, para iniciarem “muito em breve este processo”.

Também presente na sessão, o vereador António Carlos Duarte avançou que o Município conseguiu 200 mil euros de financiamento para o Projeto através do Fundo Ambiental, e que adquiriram também “uma viatura elétrica”. Além destas medidas, vão ainda aumentar a sensibilização junto das “escolas”, e “planear bem” a ação.

“A operação tem de ser montada, bem feita, de forma paulatina, e ajustada à realidade territorial, que não é urbana, nem rural. Temos de ponderar e ver o que funciona melhor”, acrescentou.

O vereador referiu que “tendencialmente as pessoas têm tomado um caminho mais urbano”, com menos “reaproveitamento dos recursos”, mas, por vezes, há a necessidade de “dar o passo atrás”. No entanto, para que esta realidade resulte temos “todos de colaborar”, relembra.

 

“Projeto Piloto na Freguesia de Alvarenga”

Elisabete Rodrigues, técnica da empresa BEAGLE- responsável por desenvolver o projeto, ficou encarregue de explicar ao público presente na sessão como este se vai desenvolver, salientando que os biorresíduos representam 40% do lixo que produzimos.  Além disso eles vão “limitar o tempo de vida útil do aterro”.

Também apuraram que 50% dos resíduos domésticos são biorresíduos, o que representa 1641 toneladas por ano. A forma de atuar passa pela “compostagem doméstica”, “compostagem comunitária”, recolha “seletiva”, nas “cantinas”, “escolas”, IPSS`S, sendo que nesta fase inicial vão igualmente colocar em prática um Projeto Piloto na Freguesia de Alvarenga.

O Plano de Ação para a Gestão dos biorresíduos tem como objetivo “responsabilizar a comunidade, retirar contentores de indiferenciados da via pública melhorando a salubridade, manter os ecopontos e recolher os resíduos com recurso a uma viatura elétrica”, tudo isto para atingir o “aumento da compostagem doméstica e a recolha seletiva de biorresíduos”, como explicou Elisabete Rodrigues.

O Plano de Ação para a Gestão dos biorresíduos vai arrancar em “junho deste ano”.

 

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