“Sempre o aço inoxidável”
A metalúrgica iniciou a sua atividade em 1988, começando por fabricar pequenos acessórios para a indústria alimentar, “principalmente para a indústria vinícola”, sendo que ao fim de dois anos iniciaram a fabricação de “equipamentos maiores em aço Inoxidável, tal como “equipamentos de armazenagem para vinho”, e assim se manteve até 2006. A partir daí, começaram a entrar na indústria “alimentar e química”, tal como contou Abel Oliveira, CEO da empresa, ao DD.
Trabalhando unicamente com o aço inoxidável, admitem que se necessitarem de peças em outros materiais subcontratam, uma vez que a sua “abrangência de serviços é enorme”, para várias indústrias, e sempre com “engenharia própria”.
Além da Indústria química, na indústria alimentar trabalham muito “com empresas de engenharia”, algumas “até globais”, situação que acaba por ser “interessante”, uma vez que essas multinacionais “colocam” muitas encomendas. “Enfim temos uma cadeia de trabalho sempre muito contínua”, esclareceu o empresário, admitindo que de forma a obterem maior valor acrescentado o melhor seria “utilizar” a engenharia “própria”, como já fazem em mais de metade dos trabalhos.
O DD apurou que os clientes que contactam a metalúrgica podem esperar que esta desenvolva um “sistema” concretizado pela sua equipa de engenheiros, que depois são “fabricados e montados no local”, pelos seus técnicos, “na maior parte dos casos”.
“Na área química às vezes o cliente vem com uma ideia um pouco vaga”
Segundo Abel Oliveira, cada vez mais estão a aparecer clientes, “na área química”, que possuem uma “ideia muito vaga” daquilo que querem, e tem de ser a sua fábrica a desenvolvê-la. No entanto, o responsável afirmou que é “na indústria química” que querem trabalhar com “mais força”, pois é onde está o “valor acrescentado”. “O nosso objetivo é fazer produtos com maior valor acrescentado e mais engenharia”.
Momentos depois o administrador deu o exemplo de empresas em que montaram sistemas para fazer espumas, produtos alimentares, indústria de tintas, em que tiveram de ir ao local preparar o sistema para “misturar” produtos, que vão resultar em um só. “Nós fazemos essa tecnologia”, revelou.
Apesar de realizarem quase toda a totalidade dos sistemas, a Inaceinox possui parceiros na parte da automação e programação, além de respeitar várias normas europeias, e estar certificada para cada indústria em que trabalha. Além disto, possui uma estação de tratamento de águas residuais, assegurando o tratamento e encaminhamento de todos os resíduos gerados.
Referem também que um dos instrumentos mais relevantes para atingirem a sua missão é a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade pela Norma ISO 9001.
Essa certificação “é um pilar no cumprimento dos requisitos legais, regulamentares, requisitos do cliente, na comunicação interna de requisitos e de informações, no envolvimento de todos na melhoria contínua e na otimização da produtividade dos processos”, esclarecem.
Ao nível do produto são também certificados pela EN 1090, para o fabrico de silos e estruturas em aço inoxidável, e pela ASME, no fabrico de equipamentos. “Primamos pela eficiência energética de modo a minimizar o consumo de recursos naturais, e cumprimos rigorosamente todas as obrigações legais aplicáveis”, acrescentaram. Pretendem, de igual forma, num futuro próximo, certificar o seu sistema de gestão ambiental pela norma ISO 14001. Neste encadeamento Abel Oliveira salientou que se encontram certificados até para trabalhar fora da União Europeia, por exemplo, para os EUA, país que admite ser o mercado “mais rigoroso”.
“Há desafios interessantes e é nesses desafios que queremos estar”
Desvendando que na indústria química é onde há menos ocorrência, e na alimentar é onde há mais, o empresário explicou o mais recente projeto que estão a desenvolver, que se baseia em levar madeira a uma “pressão e temperatura alta”, processo do qual se evapora o odor que depois é condensado, e a essência que resulta pode ser “usada para se adicionar a produtos”. É nestes projetos “desafiantes” que a Inaceinox quer estar.
Apesar de empregar, no momento, cerca de 90 pessoas, estão a precisar de mais mão de obra, sendo algo que divulgam sempre.
“Temos divulgado bastante a necessidade de recrutar colaboradores, pois neste caso necessitamos de funcionários para o chão de fábrica desde soldadores, serralheiros, e depois também para outros departamentos, mas o nosso foco é aqui no chão de fábrica e sempre pessoal qualificado”, explicou.
Abel Oliveira indicou, igualmente, que de modo a se distinguirem dos concorrentes, e para valorizarem os seus serviços a Indústria de Equipamentos Inoxidáveis aposta na criação através da “produção e da engenharia” de um produto que “seja interessante para o cliente” a um “preço competitivo”, pois os clientes “nunca vão ao mais caro”.
Ampliação de instalações
Um dos maiores obstáculos que a metalúrgica teve de ultrapassar foi o ano de 2009, altura que admitem ter sido “muito difícil”, na medida em que tiveram que procurar “internacionalmente projetos”. “Somos agora uma empresa muito internacionalizada e sempre com muito trabalho nos últimos anos”, confessou o CEO, que garantiu que o maior objetivo “é crescer”, e para o efeito já estão a ampliar as instalações.
Pode visitar a sede da Inaceinox na Rua Vale de Pereiras-Lugar da Póvoa, em Vale de Cambra, consultar sua página de Facebook em https://www.facebook.com/inaceinoxSA , ou o seu site em https://www.inaceinox.pt/ .