Lançado mais um livro de Afonso Veiga
Integrado no programa da Recriação Histórica e tendo como cenário o sumptuoso cadeiral do Mosteiro foi, no passado sábado, lançado mais um livro do historiador arouquense, Afonso Veiga: «Cister nos séculos do fim. Santa Maria de Arouca, esplendor e decadência».
A sessão contou com a presença da Presidente da Câmara, Margarida Belém, que saudou e enalteceu o autor não só pela atual obra, mas também pelo seu extraordinário contributo de historiador para a vida cultural do município. Afonso Veiga é natural de Satão, mas encontra-se há muitos anos radicado neste concelho, onde foi docente da Escola Secundária de Arouca.
Margarida Belém, depois de fazer várias referências ao livro, realçou a importância do Mosteiro enquanto espaço de investigação e conhecimento, assumindo que é desígnio do município ter um museu da história de Arouca.
A apresentação do livro foi feita por Arnaldo Pinho que teceu um vasto conjunto de considerações elogiosas, não só sobre o livro como do autor. Para si, trata-se de “uma obra de maturidade”, considerando também que foi feita “com rigor científico a partir de diversas fontes documentais e bibliográficas”.
Arnaldo Pinho assumiu que todos devemos estar gratos a Afonso Veiga pelo seu esforço em dar a conhecer a história do Mosteiro. Este juiz da Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda de Arouca fez ainda referência à importância pedagógica da obra, que apresenta a vida quotidiana das monjas do Mosteiro, assim como a fase da sua decadência.
Afonso Veiga, na sua intervenção, fez menção a alguns aspetos da vida do Mosteiro de Santa Maria de Arouca (como era designado no seu tempo de vida ativa enquanto mosteiro cisterciense), vividos num contexto muito próprio. A viagem que fez ao longo de cerca de quarenta minutos tocou também nas questões da obra física do Mosteiro, assim como no impacto social que este tinha “na sociedade exterior, que haveriam de prolongar-se, até bem longe, no século XX”.
Rui Faria, da editora do livro (Edições Afrontamento), na sua breve intervenção, realçou o extraordinário valor de uma obra que, em sua opinião (que é também de historiador), abre portas a novas investigações.
Maria de Lurdes Correia Fernandes, arouquense do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, escreveu o prefácio.
Texto: Óscar de Pinho Brandão
Fotos: Carlos Pinho