Serviço com recurso a aves de rapina não está a resultar
A luta contra a praga das pombas é um desafio comum em muitas cidades e vilas devido à rápida reprodução dessas aves, e aos problemas que podem causar para a saúde pública e o ambiente urbano. Em Arouca, o maior problema continua a ser no edifício do Mosteiro de Santa Maria, mas quem circula pela vila depara-se com um número crescente desses animais, que, além de sujarem danificam o patrimônio edificado.
Confrontada com esse problema a Câmara de Arouca contratualizou um serviço ecológico especializado utilizando aves de rapina. No entanto, essa medida não tem obtido os resultados esperados, como pode ser observado “in loco” como na foto tirada no passado sábado que ilustra este texto.
Segundo a edilidade o método de controlo “consiste no afastamento das aves invasoras, realizado por um técnico especializado em avifauna, e sua ave de rapina. Com base na falcoaria, essa abordagem sustentável treina a ave de rapina para agir como predadora natural das pragas, reduzindo significativamente sua proliferação, sem prejudicar outras espécies, ou degradar o ecossistema”. Esta refere ainda que “em articulação com os serviços do Município, foram identificadas as zonas mais problemáticas onde serão realizadas ações de controlo com a ave em voo livre”. O serviço será realizado ao longo de seis meses, com um investimento municipal de cerca de 21 mil euros.
Esta opção foi discutida em 21 de maio, por iniciativa do Vereador do PSD, Paulo Santos, que questionou a escolha desse tipo de controlo. Ele perguntou porque não se optou pelos pombais contracetivos, se o responsável técnico – o Veterinário Municipal – deu parecer favorável a essa intervenção, quais as espécies de aves que fariam esse controlo, e qual o critério que levou à sua escolha. Além disso, questionou o que acontecerá após os seis meses de intervenção: “Os pombos regressam?”.
Na ocasião, a Presidente da Câmara, Margarida Belém, reconheceu, tal como continua a registar a respetiva ata, que “no centro urbano de Arouca existe um problema grave devido ao aumento significativo da população de pombos, que está a provocar graves prejuízos tanto no Mosteiro quanto nos edifícios particulares. Estamos a procurar soluções para esse problema.” A edil esclareceu que foi iniciado “o controlo com recurso às aves de rapina, medida que será complementada com outras soluções que estão a ser estudadas e que serão implementadas após o desenvolvimento dos procedimentos necessários”.
Foto: Carlos Pinho