Pelo meio das lesões, algumas opiniões

No mês das Colheitas e da efeméride da inauguração do Campo Afonso Pinto Magalhães (um estádio que merece cada vez mais um enorme apreço e cuidar de todos os arouquenses), o Arouca disputou quatro encontros, que resultaram em três derrotas e uma vitória. A procissão ainda vai no adro, é certo, mas a proximidade do fundo da tabela é certamente preocupante.

O jogar dos Lobos de Arouca, apesar dos resultados, já não tem tantos problemas como os que identifiquei da última vez que vos escrevi. Sempre condicionado pelas diversas lesões, Gonzalo García tem promovido a entrada de vários dos reforços, dos quais destaco Popovic (fez um jogaço no Dragão) e Danté, que, cheio de esforço, dá melhor conta do flanco esquerdo do que Weverson. A reentrada de Trezza no onze titular, especificamente para a faixa direita do ataque, faz sentido tendo em conta a ideia de jogo do treinador, mas, mais do que isso, já deu frutos em Faro e logo veremos o que poderá dar mais. O futebol é feito também do momento e, neste em concreto, faz sentido que o extremo uruguaio seja titular.

Olhando também para a nossa saída de jogo, sou da opinião de que João Valido deveria ser o titular entre os postes. Para além de já ter mostrado confiança dentro deles (como Mantl tem feito), fora destes tem muito mais confiança e aptidão que o guardião alemão (desconfortável quando tem de o fazer). Cada jogador tem as suas características, cabendo ao treinador selecionar quem satisfaça o que procura em cada posição. Ora, se Gonzalo García pretende que o guarda-redes seja mais um elemento ativo na primeira fase de construção, penso que Valido é a opção mais fiável do plantel.

Quanto aos jogos, e começando pelo Rio Ave, o jogo ficou marcado pelo lance de grande penalidade (pouco claro nas imagens televisivas) que resultou no golo da vitória adversária. Ainda assim, por muito que os Lobos tenham partido para o ataque, faltou a tão badalada finalização. Seguiu-se o Sporting e, sejamos honestos, a tarefa era praticamente impossível. Dificilmente se esperava um resultado diferente, por causa do jogar que Amorim implantou nos leões, mas também pelos onze escolhidos, dos quais se destaca evidentemente o goleador sueco Viktor Gyokeres.

Em Faro, voltaram os triunfos, e que bem soube voltar a ganhar, ainda que os números tenham sido magros para aquilo que se fez. Por fim, contra o Porto, muito se fez nos primeiros 45, ficando a incerteza no ar: o que podia ter acontecido 11 para 11?

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