Presidente da Junta garante que o evento é importante para desenvolvimento económico e social da freguesia
Foi nos passados dias 21 e 22 de setembro que Rossas colheu a 16.º edição da Feira Agrícola. Isabel Paiva, Presidente da Junta, traçou ao DD um “balanço positivo do evento”, realçando o “grande número de visitantes” de uma iniciativa “importante” para o “desenvolvimento económico e social da freguesia”.
A autarca começou por contextualizar que a feira foi criada principalmente a “pensar nos agricultores”, de modo a que conseguissem “escoar” os seus produtos, motivo a que se junta a promoção “dos produtos locais”, valorizando a “agricultura local” e incentivando o “consumo de alimentos produzidos na região”.
Além disso, acrescentou que “este tipo de eventos” desempenha um papel “importante” no “desenvolvimento do setor agrícola”. O balanço é “positivo”, pois a Feira contou com um “grande número de visitantes, tanto da freguesia como de regiões vizinhas”, o que “superou as expectativas”.
Paralelamente foram proporcionados “momentos de lazer e cultura para a comunidade” como “momentos musicais, atividades para toda a família, e uma caminhada”.
A feira foi marcada por um “clima de cooperação e inovação”, em que os produtores “tiveram a oportunidade de mostrar” o que a região tem para “oferecer, promovendo a sustentabilidade e o crescimento”.
O aumento do número de visitantes também foi sentido, o que reafirma a “importância da feira para a economia e o desenvolvimento da freguesia”.
Além disso, o executivo destaca a integração e o convívio que se formaram em torno das “diversas atividades culturais e recreativas, proporcionando momentos de lazer e união para todas as idades”. A participação ativa da comunidade foi fundamental para o sucesso da iniciativa, e foi com orgulho que “Junta de Freguesia” reconheceu “o empenho e a dedicação de todos os envolvidos”. Fica a promessa de continuarem a trabalhar para que “as próximas edições da feira sejam ainda maiores e melhores”, concluiu Isabel Paiva.
“A feira foi marcada por um clima de cooperação e inovação”
O DD esteve no local e falou com alguns produtores e visitantes. Amália Costa, proprietária da Casa de Sinja, que comercializa licores e compotas assumiu que este ano sentiu a presença de “menos visitantes”. “O pessoal está com medo da chuva”, revelou. A vendedora concluiu, todavia, que Rossas continua a ser a “terra da fruta”, que continua a ter “cereja, castanhas, maçãs”, mas “já não é como era antes”.
Carlos Brandão, visitante, assumiu que já vem à Feira Agrícola “há vários anos”, e que acha uma “boa iniciativa”, apesar de este ano “estar mais curta”, pois antes tinha mais “participantes” (vendedores). O arouquense costuma adquirir fruta, legumes e, principalmente, maçãs, pois refere que ali têm qualidades que não estão presentes nas superfícies comerciais. Anabela Pinho, produtora, considera igualmente que a feira tem “menos pessoas”, comparativamente a outros anos, e que em Rossas cultiva-se menos atualmente, pois “os velhos vão embora e os novos não querem nada”. Com a ajuda do seu marido consegue produzir e ter na sua barraquinha “pera rocha, uvas, grelos, feijão-verde e maçã”.
Contrariamente aos restantes vendedores, Joana Teixeira-Apisfreita, denota que nesta edição a feira “está melhor” a nível de afluência. Com uma gama alargada de produtos que vai desde o mal, ao pólen, passando pelos favos, produtos apícolas, velas, cosmética e hidromel a jovem queixa-se da vespa asiática, que não dá tréguas às suas colmeias. Felizmente, os incêndios que afetaram o concelho no mês passado não provocaram nenhum dano a nenhuma colmeia da Apisfreita.
Texto: Ana Castro
Fotos Carlos Pinho