Histórico de confrontos, conferência de antevisão, ausências e onzes prováveis do Estoril x FC Arouca
É já amanhã (sábado, dia 26 de outubro) que a Liga Portugal vai regressar, depois da pausa para seleções e a 3ª eliminatória da Taça de Portugal. Pelas 15h30, Estoril e FC Arouca medem forças pela 23ª vez, a 15ª para a Liga. Este duelo de canarinhos coloca frente a frente os estorilistas, em 15º lugar com 6 pontos (apenas uma vitória), e os arouquenses, dois lugares acima, com mais um ponto (7).
O histórico de confrontos, no que toca às vitórias, está empatado: oito para cada lado. Contudo, olhando apenas para os duelos disputados no Estádio António Coimbra da Mota, há vantagem para os da casa: 5 triunfos para os caseiros, 4 empates e apenas duas vitórias para a equipa de terras de Santa Mafalda. Note-se que o FC Arouca venceu ambos os duelos contra o Estoril na temporada passada, ainda que os duelos no terreno do adversário sejam sempre de má memória, pois foi precisamente num duelo na casa do Estoril que se confirmou, em 2017, a descida de divisão do FC Arouca (onde os arouquenses, mesmo tendo os mesmos 32 pontos que o Tondela, caíram para a Segunda Liga pela diferença de um golo).
Os tempos, agora, são outros: ambas as equipas têm várias novidades nos seus plantéis e no banco de suplentes, já que são comandadas por técnicos em estreia no nosso campeonato. Do lado arouquense, está Gonzalo García, técnico uruguaio de 41 anos. Na equipa da Linha, está Ian Cathro, treinador escocês de 38 anos, que já tinha passado pelo futebol português como adjunto de Nuno Espírito Santo no Rio Ave (2012/13 e 2013/14).
Na conferência de imprensa de antevisão, Gonzalo García abordou a forma de jogar e o momento do adversário, falou da consolidação da ideia de jogo arouquense e desvalorizou o olhar distante do calendário para os duelos complicados que se avizinham. Eis algumas das palavras do técnico:
– Como vê esta equipa do Estoril?
“Sinto que são uma equipa diferente das outras, na maneira de jogar, de pressionar, de sair desde trás. Têm velocidade nas faixas, boas opções na opção de avançado. No meio campo, têm Holsgrove e outros bons jogadores. É uma equipa que tem qualidade e vai ser um jogo interessante, difícil como todos. Temos de estar bem.”
– Quão importante será pontuar amanhã, visto ainda haver proximidade de pontos nas equipas no fundo da tabela?
“É sempre importante pontuar, mas é o que digo sempre, para o importante é que o processo vá avançando, que a equipa vá jogando melhor. O importante para mim é que a equipa, as coisas que mostrou nas últimas semanas, as mantenha mais tempo e que quando temos um momento mau não seja muito mau. Pontuar é sempre importante, quantos mais pontos tivermos, mais acima estamos e a sensação é melhor. Os pontos são importantes, mas como treinador o que vejo é se vamos fazendo mais e melhores coisas. Se continuarmos a trabalhar assim, tenho a certeza de que vamos conseguir muitos pontos”
– Tendo em conta que já começa a ter um onze base, a nível de ideia de jogo, neste momento ela está mais oleada, mais fixa?
“Quando vejo a equipa, é reconhecível jogo a jogo. Fomos reconhecíveis contra o AFS, o Porto. Em todos os jogos, fomos cada vez mais reconhecíveis. Há dias melhores, outros dias um pouco pior, mas não é porque um dia ganhamos e noutro não. Contra o Rio Ave, senti a equipa reconhecível e perdemos. Sinto que a equipa já tem uma ideia do que queremos fazer, como atacar, as variantes que podemos ter dependendo do adversário, da pressão ou se eles estão altos ou baixos. A ideia geral está, agora vamos para os detalhes. Há mecanismos e coisas que eles já têm na cabeça e que são reconhecíveis. Agora é só ganhar mais”
– Há uma pressão maior para pontuar contra o Estoril, visto que a seguir há jogos contra Braga, Famalicão e Benfica, onde o Arouca poderá ter maiores dificuldades em pontuar?
“Eu, pessoalmente, não olho para depois do próximo jogo. Estou convencido de que vamos ao Estoril fazer um bom jogo e opções de ganhar o jogo. Não vejo mais adiante. É importante o que falamos antes, que a equipa esteja bem, porque são muitos jogos, o campeonato é largo. Para um treinador há sempre pressão, perder nunca é bom. Penso no Estoril, a partir de segunda começo a pensar no Braga. Não vou pensar que jogamos com o Benfica daqui a 5 semanas, pois não sei o que se passará dentro de 4/5 semanas.”
– Possíveis dores de cabeça positivas, com base nos treinos, no jogo passado e, por exemplo, Yalçin e Henrique Araújo disponíveis ao mesmo tempo.
“É bom ter opções, que exista competitividade na equipa. Agora que há mais jogadores, há dores de cabeça. Temos um plantel bastante largo, sobretudo em algumas posições com muitos jogadores, e já é difícil fazer a convocatória. Os jogadores têm de ser profissionais, têm de trabalhar e lutar, manter-se concentrados em trabalhar para tentar jogar. Não me importo de mudar, já o fizemos por necessidade e outras vezes sem necessidade. Nestas situações, o que tento fazer é ver quem trabalha todos os dias, dá o seu máximo, é positivo para o grupo. O grupo é o mais importante e é bom que haja competitividade.”
Matías Rocha, Galovic, Eboué Kouassi e Pablo Gozálbez são as ausências confirmadas para a partida de amanhã, que se iniciará às 15h30 e terá arbitragem de Carlos Macedo.
Os onzes prováveis de Estoril Praia e FC Arouca
Texto: Simão Duarte
Foto: FC Arouca