Gerente do espaço “continua a aguardar instruções do Município”
Joaquim Gonçalves, gerente do Parque de Campismo “Refúgio da Freita”, contactou o DD para comunicar os “graves danos” que o Furacão Kirk provocou no espaço que explora, na noite de 7 para 8 de outubro. O fenómeno meteorológico provocou a queda de painéis solares, “graves infiltrações” para o “interior do edifício”, e colocou o sistema de “aquecimento de água inoperacional”. Apesar do responsável salientar a demora em receber instruções municipais, a autarquia de Arouca garante que procedeu a várias diligências para dar seguimento à situação.
Foi sensivelmente entre os dias 7 e 10 de outubro que o Furacão Kirk se deslocou das Bermudas para os Açores, acabando por atingir a Península Ibérica. Apesar de ter transitado para a categoria de ciclone extratropical, a tempestade causou vários danos do nosso país, devido aos ventos e chuvas fortes, trovoadas e agitação marítima. A zona Norte de Portugal sentiu os seus efeitos, e Arouca não foi exceção, como comprovam as declarações fornecidas ao nosso jornal pelo gerente do Parque de Campismo de Arouca, “Refúgio da Freita”, Joaquim Gonçalves, situado no Merujal-freguesia de Urrô. “Na noite de 7 para 8 de outubro houve um grande vendaval acompanhado de chuva forte”, afirmou, acrescentando que a situação causou “grandes danos” no edifício. Esses estragos traduziram-se na queda de “6 dos 11 painéis para aquecimento da água”, que foram “arrastados” pelo “vento forte em cima da cobertura”, o que causou a sua “quase total destruição”, os restantes painéis, “que não foram arrancados”, ficaram “severamente danificados”, e o sistema de aquecimento de água “por energia solar está inoperacional”. Paralelamente Joaquim Gonçalves expôs que sucederam também “muitas e graves infiltrações no interior do edifício através da cobertura”, que estão a “inundar a rede elétrica”, incluindo “os quadros e as caixas de derivação, pondo pessoas e bens em risco”.
“Há muitas e graves infiltrações no interior do edifício através da cobertura”
Estas infiltrações, algumas das quais “já provocadas pelos trabalhos de montagem dos painéis, em março de 2023”, estão a “apodrecer o teto e paredes do edifício, os recheios do restaurante, bar, cozinha e arrumos”, sendo que JG desconfia que acabarão por “infiltrar e danificar o teto das instalações sanitárias dos campistas”, cuja obra de “requalificação foi concluída apenas em junho de 2023”.
Além destes prejuízos, há também a considerar “a queda de 5 árvores e a destruição quase total da pista de obstáculos do parque aventura”. Foi-nos ainda comunicado, pelo gerente do espaço, que “logo no dia 28 foi feito o levantamento, sumário, das ocorrências por uma equipa dos Bombeiros, do qual já há relatório”. Desvendou também que, durante o dia de ontem, 4 de novembro, continuava a “aguardar a instrução da Câmara Municipal de Arouca.
Ana Isabel Castro
Fotos:Refúgio da Freita
REPORTAGEM COMPLETA NA NOSSA EDIÇÃO IMPRESSA, DIA 8 NAS BANCAS;