Aproximadamente daqui a um mês já todos saberemos os resultados das eleições autárquicas nacionais e, por conseguinte, do nosso concelho de Arouca.
Ao longo destes anos, fui escrevendo sobre várias ocorrências políticas que iam acontecendo, tanto a nível nacional como a nível concelhio. Precisamente a nível concelhio, porque efetivamente é o assunto que mais me entusiasma e que mais me envolve, muito porque marca o futuro dos meus concidadãos, estas eleições podem, na minha opinião, provocar uma mudança partidária na gestão da autarquia, o que não acontece há aproximadamente 24 anos.
Como referi, fui discorrendo ao longo destes anos sobre alguns dos grandes temas que entendi serem prementes de atualidade e fulcrais para o futuro de Arouca, partilhando com o leitor uma visão muito própria sobre as várias incidências e acontecimentos que diziam respeito a este nosso belo concelho. De facto, se fizermos uma análise retrospetiva aos seis mandatos de executivo socialista, verificamos que se passou de um período inicial de 12 anos vincado numa aposta clara na melhoria da rede viária e numa clara definição de obras estruturantes que viriam a marcar definitivamente a vida e o quotidiano do nosso concelho, a que se seguiu, em 2005, um segundo período de outros 12 anos, em que se verificou uma aposta num outro tipo de política, mais virada para a projeção externa das virtuosidades do nosso concelho, que em muito beneficiou de condições e de conjeturas extraordinárias, como a gloriosa carreira do FC Arouca e a aposta nos Passadiços do Paiva. Porém, verificou-se que, afinal, a grande obra prometida pelo ainda atual Presidente de Câmara, a “mãe de todas as obras”, a famigerada variante Arouca-Feira, não vingou, acabando este executivo por se refugiar em apostas turísticas que, de certa forma, acabaram por abafar e colmatar esse grande desígnio falhado.
Nesta altura, importa perceber que estamos claramente num momento de viragem e, portanto, por mais que tentem, Artur Neves e Margarida Belém não são a mesma pessoa, nem os mandatos vindouros de um eventual futuro novo executivo socialista poderão conseguir uma efetiva continuidade, quer no estilo quer no modus operandi. Os vários exemplos deste tipo de “continuidade”, nos vários municípios do país, têm demonstrado, quando não desavenças, no mínimo óbvias diferenças que, após o ato eleitoral, normalmente acontecem.
Por seu lado, se repararmos bem na coligação ‘Somos Arouca’, verificamos que o Sr. Fernando Mendes e a sua equipa de candidatos à vereação tem estado próxima dos munícipes, tem divulgado de forma clara os vários projetos e ideias que tem para o concelho e, como tal, parece estar-se, efetivamente, perante uma candidatura bem estruturada, bem preparada e que demonstra a confiança necessária para podermos dar um novo impulso ao município.
Em 2013, os munícipes arouquenses revelaram claramente as suas escolhas. Se, por um lado, confiaram indiscutivelmente nos vários protagonistas da candidatura do PSD, concedendo-lhe 10 das 16 Juntas de Freguesia concelhias e, por via disso, a eleição do Presidente da Assembleia Municipal, deram, por outro lado, a oportunidade ao Sr. Eng. Artur Neves de completar o seu último mandato e de concluir os seus projetos.
Agora, este ano, os arouquenses têm a responsabilidade de escolher um novo Presidente de Câmara. É fundamental consciencializarmo-nos que, mais importante que tudo, é necessário votar. A 1 de Outubro saberemos, definitivamente, o veredicto dos arouquenses.
Artur M. Miler