Eleições Autárquicas Arouca 2017: Entrevista a Víctor Brandão

A dois dias das eleições autárquicas, o Discurso Directo publica as respostas dos candidatos à Câmara Municipal de Arouca, a um conjunto de questões comuns colocadas pelo nosso jornal. As razões da candidatura, a visão sobre o município e as principais ações do programa eleitoral são algumas das questões respondidas por Margarida Belém (PS), Fernando Mendes (PSD/CDS-PP), Francisco Gonçalves (CDU), José Costa Gomes (PPM) e Victor Brandão (Nós Cidadãos). Fique com a entrevista a Víctor Brandão (Nós Cidadãos).

Discurso Directo (D.D.): Quais as razões objetivas que o levam a candidatar-se à Presidência da Câmara Municipal?

Víctor Brandão (V.B.): Usando todo o pragmatismo que sempre me norteou, as provas dadas em todo o meu percurso de vida, diria de forma objetiva e linear, que as razões que me movem sendo diversas, assentam sobretudo na conclusão que os candidatos concorrentes mais diretos e que se apresentam ao escrutínio, com a exceção do candidato do PPM e CDU, estão de tal modo impreparados para o cargo que seria injusto assistir a todo este pavonear sem nada fazer. Todos nós arouquenses com provas dadas, sem ser por via da política, temos obrigação de estar permanentemente disponíveis para ajudar no desenvolvimento global de Arouca, tal com um bombeiro sai da sua cama e corre para apagar um incêndio.

D.D.: Que visão crí­tica tem sobre a realidade social, económica e política do município?

V.B.: Arouca sendo um dos municípios maiores da Área Metropolitana do Porto a menos de 30 km em linha reta do mesmo e tendo sido presenteada pela natureza com uma riqueza global única quer a nível dos recursos, quer das suas gentes, a verdade é que quanto mais os nossos políticos se pavoneiam com estas dádivas como se fossem suas, mais vemos a nossa população a diminuir, e os rendimentos per capita das famílias, são cada vez mais baixos, quando comparados com alguns concelhos vizinhos. Aldeias desertificadas e desvirtuadas na sua génese, rios poluídos sem peixe, saneamentos que não funcionam devidamente, rede viária de ligação ao litoral rudimentar, turismo que paralisa quando ardem os passadiços.

D.D.: Do programa eleitoral que propõe quais as ações que destaca?

V.B.: Abordagem profunda e global de todo os dossiers, ouvir com atenção as mais diversas personagens de Arouca e aplicar soluções otimizadas para cada caso concreto, sendo certo que Arouca necessita urgentemente de fixar e fazer regressar a sua população imigrada, aqueles que dentro do seu paí­s tiveram que abandonar as suas famílias para fazer frente à vida incluindo as empresas, melhorar toda a rede viária, com especial atenção ao litoral. Sem melhores acessibilidades nunca teremos um desenvolvimento sustentado seja por via do turismo, indústria. Um novo hospital adaptado às necessidades do povo de Arouca, em parceria com uma instituição e o ministério da saúde será também uma das maiores prioridades. O hospital atual encontra-se completamente saturado a nível do internamento e não comporta instalação de quaisquer outros equipamentos como blocos operatórios, TAC, Laboratório, Ressonância magnética entre outros, razão pela qual é minha intenção e, caso o povo de Arouca assim o entenda, que esta nova unidade hospitalar venha a representar um motivo de orgulho para todos nós.

D.D.: Consigo que «tipo» de Presidência de Câmara teremos?

V.B.: Um novo conceito de liberdade de pensamento, valor maior nobre da humanidade, um novo despertar da consciência política dos cidadãos, com mobilização dos quadros e juventude, onde as arcaicas estruturas partidárias tradicionais assentes no vicio, compadrio e corrupção deem lugar a um verdadeiro empenho na luta pelo desenvolvimento, focado na honestidade, respeito absoluto pelo semelhante, combatendo as assimetrias e dando oportunidade a todos os intervenientes da sociedade independente das suas convicções políticas religiosas ou clubísticas .

Uma presidência aberta, participada, o mais abrangente possível, dando lugar a presidências abertas a decorrer em todas as freguesias. Sempre apoiadas nos melhores técnicos para as mais diversas áreas de intervenção.

D.D.: O que é para si e para a força política que suporta a sua candidatura um bom resultado?

V.B.: Sem dúvida conseguir o maior número de votos e consequentemente ganhar as eleições.

D.D.: Que conceção tem sobre as competências que podem e devem ter as juntas de Freguesia?

V.B.: As juntas de freguesia, estando próximas das populações, serão os veios de transmissão mais privilegiadas para, em colaboração com a câmara, contribuir para ajudar a combater as assimetrias.

D.D.: Quais os principais constrangimentos que hoje se colocam ao concelho?

V.B.: O atraso na rede viária e a falta de zelo pela proteção ambiental e agro florestal, o abastecimento de água potável.

D.D.: …e os grandes desafios?

V.B.: Desenvolvimento global de Arouca: criação de riqueza a todos os níveis da nossa economia, fazer regressar as populações às nossas aldeias tradicionais e diminuir a tensão entre as nossas gentes, resultantes da enorme pressão entrelaçada nos jogos de interesses mais diversos, ou seja, contribuir de forma inequívoca para nossa felicidade, o maior barómetro da existência humana.

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