41º Aniversário do Bombeiros de Arouca: Corporação fica com uma Equi­pa de Intervenção Permanente visando um “estado de prontidão operacional”.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Arouca (BVA) comemorou no passado dia 15 de abril o seu 41º aniversário. No âmbito das cerimónias, que assinalaram também o Dia Municipal do Bombeiro, foi assinado o protocolo de criação da Equipa de Intervenção Permanente.

Foi um dia de festa e de evocação. Desde a romagem aos cemitérios de Arouca, Salvador, Rossas e Santa Eulália, homenagem aos que partiram, passando pela sessão solene presidida pelo Secretário de Estado da Proteção Civil, Artur Neves, que decorreu no Salão Nobre do quartel, as cerimónias foram também marcadas pela assinatura do protocolo que visa a criação da Equipa de Intervenção Permanente (EIP). Do vasto programa destaque ainda para a tomada de posse dos novos Órgãos Sociais, do desfile e a bênção de duas novas viaturas.

No âmbito da nova política nacional de proteção-civil os Bombeiros Voluntários de Arouca (BVA) são assim contemplados com uma das setenta e nove EIP. Tal acontecerá a mui­to curto-prazo, sendo dotada de cinco elementos, que ficarão em estado de prontidão operacional. Esta ação surge na sequência de um protocolo assinado, neste dia, pela Associação Humanitária (AH), a Câmara de Arouca e o Governo.

Artur Neves e “uma peque­na revolução no sector”

O Secretário de Estado da Proteção Civil, Artur Neves, no decorrer da sua intervenção, assumiu que o governo quer “incrementar a resposta operacional através do reforço da profissionalização”. O governante frisou que o objetivo é ativar 120 dessas equipas em todo o país, dotando as corporações que ainda não contam com esses elementos profissionais. “O socorro não é compatí­vel com a espera pelo bombeiro voluntário que está no seu trabalho”, sublinhou ainda.

O antigo edil arouquense, agora responsável por uma área tão sensível, reafirmou a noção de que está em curso uma peque­na revolução no sector, lembrando o que estava mal, anunciando que novas práticas visam também novas atitudes. Artur Neves salientou que a proteção das pessoas em maior risco é já uma prioridade, com a definição de “mais de seis mil aldeias”, de 189 municípios, como áreas que precisam de especial atenção, face ao risco de incêndios potencialmente invasivos.

Este governante depois de ter realçado que o socorro em caso de incêndio florestal “não é compatível com a espera pelo bombeiro voluntário que está no seu trabalho”, frisou que, ainda neste mês e em Maio, essas aldeias serão objeto de intervenções com o objetivo de “ensinar as pessoas a defenderem-se”, perspetivar e preparar evacuações e sinalizar situações e contextos que poderão salvar vidas e bens em caso de catástrofe. A criação do “oficial de aldeia”, elemento de ligação com os agentes no terreno, será uma das novidades neste domínio.

Comandante reafirma a capacidade dos BVA

O Comandante dos Bombeiros de Arouca, José Gonçalves, deixou palavras de agradecimento e apreço a todos os que apoiam os bombeiros, e de forma muito especial ao Presidente da Direção, Celso Portugal, referindo em concreto a oferta de duas viaturas. José Gonçalves mostrou-se confiante que os bombeiros de Arouca serão capazes de responder aos desafios que vão ser colocados como resultado de muito “empenho, dedicação e esforço”.

Celso Portugal apelou ao bom sendo sobre o que vai sendo feito aos bombeiros voluntários

Registando de forma efusiva a presença de um governante no evento, associado ao facto de ser arouquense, Celso Portugal falou de um “momento histórico”. O reeleito presidente da Direção deixou agradecimentos sentidos aos dirigentes que cessaram funções, para depois fazer uma radiografia do que aconteceu ao concelho nos dois últimos anos, em termos de incêndios e do impacto que estes tiveram em diferentes níveis, com especial relevância para o económico. Sobre o que vai sendo feito aos bombeiros voluntários do país apelou ao bom senso, lembrando a sua importância na defesa de pessoas e bens e em concreto da floresta – um bem económico de inegável importância e fundamental na sustentabilidade ambiental. Para tal defendeu pragmatismo na ação dos responsáveis políticos.

Margarida Belém: “O município está-vos grato”.

A Presidente da Câmara, Margarida Belém, depois de felicitar os BVA deu ênfase à história de vida daquela corporação elegendo-a como a “mais importe de Arouca”, dado o seu trabalho meritório que presta a toda uma comunidade. Independentemente disso falou também do futuro, dado que a instituição “que projeta novas dinâmicas ampliando ainda mais a sua ação”. Neste âmbito referenciou a criação da EIP, elogiando assim a parceria entre o governo, a Câmara e os bombeiros locais.

O município está-vos grato”, disse ainda a edil depois de falar do trabalho consistente dos muitos voluntários da corporação “numa nobre ação” de quem “dá o melhor de si à nossa comunidade de forma altruísta”. Uma gratidão que se consubstancia também, por parte da edilidade, num conjunto de regalias sociais aos bombeiros que devem ser aprovadas na próxima Assembleia Municipal (já o foi no Executivo).

Margarida Belém deixou ainda palavras de felicitações à direção dos bombeiros pela sua enorme capacidade de gestão.

De registar ainda o facto de no final das cerimónias a Associação Humanitária de Arouca ter oferecido à sua congénere de Castelo de Paiva um carro (usado) de combate a incêndios. COP.

Assinatura do protocolo

Homenagem aos que partiram

O Secretário de Estado da Proteção Civil, Artur Neves, na entrega de uma das medalhas

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