A 13 de Julho de 1978 “19 agricultores e pessoas de bem desta terra” – como recordou na sua intervenção o Presidente do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola de Arouca (CCAMA), Manuel Duarte – constituíram por escritura pública a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Arouca. Quarenta anos depois, na presença da “grande família da Caixa”, o “banco da nossa terra” inaugurou a sua sucursal em Escariz para servir um vasto território do concelho.
O novo Balcão fica estrategicamente localizado (bem perto da Rotunda da Abelheira) numa zona de serviços e indústria e abriu ao público a 13 de Julho, com dois funcionários. A bênção das instalações, que coube ao Padre Agostinho Watela, antecedeu o descerramento de uma placa alusiva a um ato, que registou a presença de muitos convidados, sendo de destacar a de Licínio Pina, presidente do Conselho de Administração do Crédito Agrícola, e da presidente da Câmara Municipal, Margarida Belém, assim como cinco dos sete Vereadores, o Presidente da AECA, Carlos Brandão, assim como o Presidente da Mesa da CCAMA, Dario Tomé. O Presidente da Assembleia Municipal fez-se representar pelo Secretário, Carlos Esteves, enquanto as freguesias, potencialmente servidas por aquela estrutura, estiveram representadas pelos seus presidentes de Junta: Mansores, Chave, Escariz e Fermedo.
“Confiança, seriedade, rigor…”
“Somos também um banco com pronúncia local o que quer dizer que com uma linguagem simples e séria, ouvindo e procurando resolver os problemas e dificuldades dos nossos clientes quer particulares, empresas ou instituições” afirmou na sua intervenção, no final do jantar convívio, Manuel Duarte, para depois acrescentar que “percorremos, hoje, um caminho no sentido contrário da nossa concorrência. É recorrente nas notícias ouvirmos que fecham balcões e nós abrimos balcões; eles despedem colaboradores e nós admitimos colaboradores criando assim postos de trabalho, sendo sempre preferencialmente a pessoas da nossa terra”, lembrando o orgulho que sentia na admissão, há cerca de 15 dias de 4 colaboradores, todos eles nascidos e residentes em Arouca, o que é desde sempre um princípio desta Caixa – referiu ainda aquele dirigente
Confiante no sucesso deste novo projeto Manuel Duarte falou ainda de uma Caixa de Arouca que “criou ao longo destes 40 anos, confiança, seriedade, rigor e cresceu naturalmente e com muita precaução acumulando riqueza ao longo dos anos”, reforçando a ideia que se trata de um “Banco de proximidade e como tal tentamos ir ao encontro da população e empresas desta parte poente do nosso município”, pelo que o Presidente do Conselho de Administração evocou o facto de ser uma instituição que “ouve e procura resolver os problemas e dificuldades dos nossos clientes quer particulares, empresas ou instituições”, tendo consigo “uma responsabilidade social”, gerando riqueza e “distribuindo alguma dessa riqueza, por instituições de solidariedade social, associações culturais, recreativas e desportivas e valorizamos, entre outros, projetos com base na formação dos nossos jovens apoiando as respetivas instituições e associações”.
Um banco privado que faz um serviço público
Margarida Belém, na sua intervenção, felicitou a CCAMA não só pelo seu aniversário mas também por ter “apostado na zona poente do concelho”, que considerou um “território dinâmico”, pelo que agradeceu, em nome do município, aos administradores daquela instituição. A edil enfatizou ainda o apoio dado pela CCAMA aos agricultores e desejou as maiores felicidades à jovem equipa que trabalha em Arouca.
Licínio Pina, na sua qualidade de Presidente do Conselho de Administração do Crédito Agrícola, congratulou toda a “jovem equipa da CCAMA”. Este dirigente deixou rasgados elogios à também jovem administração liderada por Manuel Duarte, pelo trabalho que está a ser realizado, assim como pelo arrojo evidenciado ao abrir a filial em Escariz.
Depois de recordar o Ex-Presidente da Caixa, Joaquim Brandão de Almeida, que “muito fez pela Caixa de Arouca”, Licínio Pina falou do «seu» banco enquanto “banco privado que faz um serviço público” e de quanto todos os que nele trabalham se orgulham desse propósito. “Desempenhamos um papel ímpar que ninguém faz” sobretudo no âmbito do desenvolvimento local – disse ainda a concluir.
O.P.B.