As questões da mobilidade têm centrado as preocupações dos autarcas arouquenses; não só na Câmara como também na Assembleia Municipal. Na última sessão da Assembleia o assunto foi abordado, em diferentes vertentes, sendo que no seu início, e tendo como base o Relatório de Estado do Ordenamento do Território, a questão dos transportes públicos mereceu a atenção de um dos deputados do PSD e da própria Presidente da Câmara.
É inquestionável que o transporte público, sobretudo entre Arouca/Porto/Arouca e Arouca/Aveiro/Arouca tem vindo a perder qualidade. Sobretudo entre Arouca/Porto/Arouca, para percorrer cerca de 72 kms (via São João da Madeira, que é apesar de tudo o percurso mais rápido), o tempo é superior a duas horas, sempre com um transbordo, muitas vezes demorado. “O normal é esperar meia hora” – disse-nos uma estudante que utiliza regularmente este serviço.
Recorde-se que ainda há duas décadas eram vários os serviços expresso (Aditur e Caima) em que a duração era de cerca de uma hora.
A ligação à capital do distrito é outro problema. São precisas duas horas com transbordo em Carregosa e Oliveira de Azeméis.
A tal acresce que as frequências das carreiras de e a partir destas duas cidades sofrem fortes reduções aos fins de semana.
Mas não é só com estas duas cidades. Com os concelhos vizinhos ou não há (Cinfães, São Pedro do Sul) ou então são escassos e pouco aliciantes. Para Castelo de Paiva existe um único horário e somente nos dias úteis. As ligações da Sede do concelho às restantes freguesias são escassas. Um problema que se agudiza quando não há escola.