ATUALIZAÇÃO | Concurso da ligação rodoviária entre Escariz e A32 sem adjudicação

No passado dia 8 foi concluído o processo de análise das propostas para a construção do troço da Variante à EN 326 entre Escariz e a A32 como resultado de um concurso lançado pela empresa Infraestruturas de Portugal (IP, SA) que resultou numa “mão cheia de nada”.

Foram vinte e três as empresas que pediram o caderno de encargos mas só três é que apresentaram propostas. No entanto apenas uma surgiu com valor exigido abaixo do valor-base de 26 milhões e quatrocentos mil euros. Segundo a IP a empresa não apresentou as garantias devidas.

A obra, da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal, prevê a intervenção entre o nó de Pigeiros da A32 e o Parque de negócios de Escariz, num total de sete quilómetros, que beneficiariam as empresas ali sediadas.

A presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, já solicitou com urgência reunião ao Secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, e ao Presidente das Infraestruturas de Portugal, António Laranjo, para inteirar-se dos desenvolvimentos deste processo.

Esta é uma obra há muito reclamada por todos os arouquenses e que é da mais elementar justiça a sua construção. Estou a acompanhar a situação de forma próxima e não baixarei os braços até que a mesma avance no terreno. Este é um revés, mas que só nos fará lutar com redobrada força pela concretização desta ligação”, afirmou a edil em comunicado.

O anúncio do lançamento da empreitada havia sido efetuado a 11 de outubro, numa cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa.

Partidos da oposição reagem à situação

Sobre o assunto e em comunicado, o PSD Arouca afirma que “merece a nossa repulsa o subterfúgio tático usado pelo governo (um preço base baixo tornando as obras desinteressantes para os empreiteiros) que, desta feita, incide de forma nefasta sobre um projeto fundamental para o desenvolvimento do município de Arouca”.

Mais uma vez os arouquenses vêm de novo adiada a construção, agora não da Variante no seu todo mas de uma pequena parte, na senda de anteriores promessas escritas em letra de lei no Diário da República, como o foram com Mário Lino e Paulo Campos. Toda esta situação, com os arouquenses a serem mais uma vez enganados pelos governantes socialistas, merece-nos não só um profundo lamento como o mais vivo repúdio, na certeza que continuaremos, nos diferentes órgãos autárquicos como por todos os meios julgados legítimos, a defender os superiores interesses da população, ou seja a construção da Variante Arouca/Feira”, afirmou o partido da oposição.

Já a Comissão Política Concelhia do CDS-PP Arouca considera que “este acontecimento representa um retrocesso no que diz respeito à construção da via, que nos deixa em alerta e exige explicações do Governo e das entidades competentes na matéria. Por essa razão, o CDS de Arouca já solicitou uma audiência urgente ao Presidente da Infraestruturas de Portugal, e através do Grupo Parlamentar do CDS, irá também ser feita uma interpelação ao Governo, no sentido de se obter informações e esclarecimentos sobre esta situação que muito tem preocupado os autarcas locais e a população arouquense em geral”. Em comunicado, o partido declarou ainda que “está atento e a acompanhar a situação e não deixará que o assunto caia no esquecimento, e irá exigir o cumprimento da promessa feita aos arouquenses, em tempo útil, através dos meios legais de que dispõe, no âmbito do Estatuto do Direito de Oposição”.

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