Está a decorrer, desde 25 de junho, uma petição no sentido de “reclamar dos procedimentos e práticas abusivas que a empresa Águas do Norte tem vindo a exercer juntos dos seus clientes, no que concerne à forma de faturação e aos preços (escandalosos) praticados, e que, neste momento, tendo presente os aumentos de valores por metro cúbico de 2019 para 2020, se cifram em cerca de 7% no 1º escalão, de 27% no 2º escalão e de 35% no 3º escalão, exercendo desta forma tudo aquilo que poderia ser considerado como razoável”, afirmam os signatários da petição.
Referem ainda que “quanto ao saneamento básico, não se percebe que paguemos um valor indexado ao consumo de água de 90%, quando como sabemos, em Arouca a maioria das habitações são vivendas, com espaços verdes para pequenas culturas, jardins e grandes espaços ao ar livre, sendo que essas águas são consumidas e pagas mas derivam para as águas fluviais e não para o saneamento básico, pelo que implica um duplo pagamento”.
Os signatários propõem-se assim a tomar medidas públicas que possam chamar a atenção dos responsáveis e exigem que:
– “Todos os responsáveis autárquicos, eleitos para os mais diversos órgãos concelhios, nomeadamente para o Executivo Municipal e para a Assembleia Municipal, assumam este problema como de interesse coletivo e iniciem de imediato, dentro das suas obrigações de representatividade, negociações com a entidade ‘Águas do Norte’, de forma a que se reponha justiça no fornecimento de um bem considerado de primeira necessidade, indispensável à sobrevivência”.
– “Que todos os partidos políticos, com ou sem representatividade autárquica, possam ser, nesta premente questão, os mandatários de uma população que se sente indignada por uma exploração abusiva, desumana e que nada tem a ver com o serviço de interesse público que deveria nortear aquela entidade. Com práticas destas, só podem incentivar e justificar o serviço praticado por entidades privadas”.
Mais informam que, caso a petição não tenha qualquer resultado, “reservamo-nos no direito de fazer valer esta nossa posição junto das mais altas instâncias do poder do nosso país e proceder à sua divulgação pública, através de todos os meios de comunicação social, escrita e falada, até que o assunto tenha a atenção e sensibilidade devidas”.