Covid-19: festas e romarias voltam a estar em causa

Os efeitos da pandemia fazem-se sentir em todos os setores. Milhares de festas e romarias são também vítimas do covid-19. As bandas filarmónicas ficaram sem procissões, os foguetes deixaram de estalar nos céus, os conjuntos e artistas não sobem ao palco e os carrosséis pararam as suas voltas frenéticas. As festas populares de junho (S. António, S. João e S. Pedro) voltam a não se realizar.

Para combater a pandemia de covid-19, que já causou milhões de mortos a nível mundial, os governos mandaram para casa, por mais do que uma vez, a população, encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial. Por agora, e depois de sucessivos estados de emergência, vai-se depositando as esperanças na vacina. Em Portugal pensa-se na retoma, mas, tão cedo, a “coisa” nunca será igual.

Tal como o ano passado a incerteza sobre a realização das tradicionais festas de verão leva muita gente ao desânimo. Deseja-se divertimento, seja nos Santos Populares ou nos bailaricos de aldeia. Mas ninguém sabe responder quais as iniciativas que poderão ainda avançar no decorrer deste verão. Entretanto, o cancelamento da maioria já é uma realidade – o que se está a repercutir de diferentes formas na comunidade. Cancelado, suspenso, adiado, anulado, fechado tornaram-se palavras de ordem, deitando por terra os planos de festas e romarias, de agendas preenchidas, que trazem emigrantes às aldeias. Prepara-se, ao que tudo indica, um verão diferente. Se para a população em geral é uma tristeza, para os profissionais do setor constitui uma verdadeira tragédia, pelo menos a nível económico. Será que pode haver uma réstia de esperança para o final do verão?

A maior das romarias não se realiza

Face ao panorama são já muitas as entidades e organismos a tomar a decisão de não realizar eventos festivos. O ciclo de festividades no Alto Minho, que começa em maio com as festas das Rosas, em Vila Franca e dos andores floridos em Alvarães e termina na primeira quinzena de setembro com a Festa da Bonança em Vila Praia de Âncora e as Feiras Novas de Ponte de Lima.

Sem efeito, pelo menos nos moldes tradicionais, ficam todos os grandes eventos mobilizadores de multidões, em agosto, como a Romaria de Nossa Senhora d’Agonia, em Viana do Castelo (a maior romaria do país), e os festivais de música. Esta semana, entre outros festivais, ficou a saber-se que o Primavera Sound fica adiado para 2022.

Expetativa em Arouca quanto à Feira das Colheitas.

A Feira das Colheitas é um marco importante na vida da comunidade arouquense, não só do ponto de vista social, mas sobretudo económico. Prevista, como sempre, para o último fim de semana de setembro poderá realizar-se de forma condicionada. Estará, e muito, dependente de como avançar o processo de vacinação e das orientações que, entretanto, surgirem da Direção Geral de Saúde.

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