Foi criado um protocolo onde serão permitidas a edição de fontes documentais do Mosteiro de Arouca ainda sobre o período medieval. Orientado pelo Município de Arouca e a Universidade de Coimbra, através do Centro de História da Sociedade e Cultura, a assinatura aconteceu no dia 31 de agosto, na Sala do Capítulo do Mosteiro de Arouca.
Em 2023, estará disponível online e em papel de forma faseada, o Diplomatário do Mosteiro de Arouca, uma obra de 10 volumes, onde serão editados todos os documentos de Arouca e o seu mosteiro, com origem desde 1503. Tratam-se de milhares de documentos, tanto em latim como em português, que estão conservados em arquivos nacionais e também estrangeiros.
Assim sendo, Maria Helena da Cruz Coelho e Luís miguel Rêpas, coordenadores científicos desta obra, vão disponibilizar aos arouquenses, historiadores e todos os interessados, textos referentes à história de Arouca, dos arouquenses e também do mosteiro, para que desta forma se possam conhecer da melhor forma a história de muitas prestigiadas famílias portuguesas e a sua importância, sendo que algumas das mulheres professaram no Mosteiro de Arouca.
A missão da Universidade de Coimbra, com a Faculdade de Letras – Centro de História da Sociedade e da Cultura, passa por preparar a edição de toda a documentação do Mosteiro de Arouca sobre o período medieval e ainda garantir a edição digital em função da ciência aberta. Por outro lado, o Município de Arouca deve garantir o financiamento de algumas atividades de investigação que a ediçao do Diplomatário do Mosteiro de Arouca requer.
A Presidente da Câmara Municipal de Arouca, na intervenção de dia 31, admitiu que a assinatura deste protocolo trata-se de um “momento histórico”, onde “possibilitará a disponibilização online ao público e a título gratuito de documentos referentes a 620 anos de vivência deste nosso Mosteiro”, tratando-se ainda do Mosteiro de Arouca ser “o primeiro, em Portugal, a ter toda a sua documentação publicada e disponível em livro e em edição eletrónica”.