Município aponta para prejuízos na casa dos 5 milhões e 300 mil euros
Foi na noite no passado dia 17 de setembro que o fogo chegou ao vale de Arouca. As chamas iniciaram-se em Moção (Castro Daire), mas com o calor e os ventos fortes que se sentiam, durante a noite atravessou para terras de Santa Mafalda, pelas freguesias de Alvarenga e Covêlo de Paivó/Janarde. A propagação foi rápida e, durante os dias 17 e 18, o incêndio contou com 3 frentes ativas (Alvarenga, Covêlo de Paivó/Janarde e Canelas/Espiunca). Dois dias depois, as boas notícias finalmente chegaram, através do comandante dos Bombeiros Voluntários de Arouca, José Gonçalves, que anunciou a entrada do incêndio em fase de rescaldo e resolução, contando com a ajuda da chegada da chuva.
O DD contactou o Município de Arouca para obter um rescaldo, começando este por nos informar que, de acordo com os dados apurados até ao momento de resposta (sábado, dia 28 de setembro), “estima-se que tenha ardido uma área de 5200 hectares (ha)”, o que causou um prejuízo global “na ordem dos 5 milhões e 300 mil euros”.
Foram consumidas/afetadas pelas chamas “5 casas devolutas e 2 de habitação Sazonal”, às quais se juntam “palheiros e anexos de apoio ainda em contabilização”. Quanto ao número de feridos, o Município acrescenta “há somente a registar um ferido ligeiro da Força Especial de Proteção Civil,e 25 cabras mortas.”
Os Passadiços do Paiva, uma das grandes atrações turísticas de Arouca e do Mundo, também foram afetados, pois arderam “cerca de 2km” dos mesmos, contudo já reabriram ao público. “Os Passadiços reabriram ao público de modo condicionado. De momento, está somente disponível o troço Espiunca – Vau.”, referiram.
Nota ainda para o número de Bombeiros que estiveram no terreno para proteger a terra e as pessoas. No combate aos incêndios estiveram envolvidos “175 Bombeiros, de corporações das regiões Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo”.
Foto: Beatriz Vieira
Texto: Ana Margarida Alves e Simão Duarte