No final de um jogo com duas partes bastante distintas, em que na primeira o Arouca tinha o controlo do jogo, mas que durante a segunda parte foi perdendo-o à medida que a partida avançava, o treinador do FC Arouca, Gonzalo García, compareceu na sala de imprensa visivelmente abatido com o desfecho da partida (1-1).
Estas foram as palavras do técnico após o empate a uma bola frente ao AFS.
– Análise ao jogo e se, tendo em conta que o Arouca teve o controlo de grande parte do jogo, sente que foi um ponto ganho ou três perdidos.
“Sinto que são pontos perdidos. Durante 55 minutos/uma hora, tivemos o controlo total, jogamos como eu sinto que temos de jogar, como gosto. Não é para jogar bonito, é para jogar desta maneira para criar oportunidades, para atacar, para não deixar o adversário sair. Sinto que o fizemos muito bem, momentos de muito bom futebol, de muita qualidade. Mas, claro, se não concluis as jogadas, o nervosismo aumenta e penso que um passo que temos de dar é a mentalidade, de continuar a jogar. O adversário meteu gente, mais pressão. Temos que correr para os espaços, ser inteligentes. Eles começaram a ter agressividade, a empurrar-nos atrás. A nossa pressão deixou de ser forte e agressiva na parte defensiva. Até que chegou um penálti que, não sei… Foi um penálti de riso. No final, acho que voltámos ao jogo nos últimos sete minutos, mas não tivemos efetividade. Deveríamos ter feito o segundo golo, o terceiro e acabado com o jogo na primeira hora, mas faltou-nos essa agressividade no último terço.”
– Regresso feliz do Jason à titularidade
“Sim, sinto que na primeira parte, a equipa esteve bem, ele também esteve muito bem. Fez o golo, esteve participativo no jogo e é uma pena. Disse aos jogadores, no balneário, que dá-me pena por eles acabar este jogo empatado e que merecia uma festa depois do jogo que fizemos. Terminá-lo desta maneira, com uma sensação de nervosismo, é uma pena, porque o que eles fizeram durante muito tempo, não sei quantas equipas jogos assim.”
– Na primeira parte, houve momentos bons e de jogo bonito. O que se passou na segunda?
“A ideia não é jogar bonito, é ser efetivo, agressivo, atacar os espaços, combinar por dentro e chegar por fora. Com bola, ser agressivo. Creio que o fizemos na primeira parte. Faltou ter continuidade e tranquilidade, porque não tinha acontecido nada, não sentimos pressão. E quando sentimos essa pressão, já não estávamos bem colocados, a bola batia em alguém e acabava neles. Tudo veio por uma espécie de nervosismo sem necessidade. Empatamos, mas dá-me vontade de os elogiar e dizer-lhes: ‘Que jogo vocês fizeram durante muito tempo’. Se jogarmos e mantermos este jogo mais tempo, não é fácil ganhar-nos.”
Recorde-se que agora haverá pausa para seleções, pelo que o próximo jogo do FCA será apenas a 20 de outubro (domingo), para a Taça de Portugal, frente ao Maria da Fonte: o jogo será na Póvoa de Lanhoso, às 15h00. Seis dias depois, haverá nova deslocação, para defrontar o Estoril para a Liga.
Foto: Sofia Brandão
Texto: Simão Duarte