No primeiro encontro desde a saída de Gonzalo García e a entrada de Vasco Seabra, a equipa do FC Arouca apresentou-se dentro das quatro linhas com bravura, efetuando uma exibição carregada de personalidade, ainda que o resultado não tenha sido favorável (1-2)
Na sala de imprensa do Estádio Municipal de Arouca, Vasco Seabra começou por analisar a partida, na qual deixou elogios à atitude dos Lobos de Arouca. “Nós entramos a tentar encontrar aquilo que tínhamos passado durante a semana e a equipa, por vezes, a demorar um segundo mais a saltar à pressão ou a conseguir encontrar os espaços ofensivamente. Aqueles primeiros 15/20 minutos foram um bocadinho mais ansiosos para nós, também devido a entrarmos contra uma equipa muito boa, que tem qualidade. Fomo-nos soltando ao longo do tempo. Acabamos por, nesses primeiros minutos, sofrer um golo de penálti, sem o Braga ter criado nenhuma oportunidade de golo. A partir dos 20 minutos, nós fomos equilibrando o jogo e parece-me que, a partir dos 30’, a equipa começou a dominá-lo e a chegar mais perto da baliza do Braga, tendo, na minha opinião, a possibilidade de chegar justamente ao intervalo empatado 1-1. O Ivo tem um penálti em movimento, uma excelente defesa do Matheus, e a seguir uma outra recarga. Na segunda parte, entramos praticamente a perder, no momento em que estamos ainda a tentar encontrar o empate. Os últimos 30 minutos foram de carregar muito no Braga: tivemos muitas oportunidades, muita chegada na baliza, muitas situações de último terço em que conseguimos encontrar espaço lateral-central, com a última definição, por vezes já com 3/4 jogadores dentro de área, e demorar um pouquinho mais a criar a situação de último passe. Penso que a equipa teve uma vontade muito grande de chegar à baliza do adversário, empurrou-o completamente para trás. Custa, porque não temos pontos morais, mas dá-nos confiança para o futuro e para a confiança dos jogadores.”, analisou o treinador.
Morlaye Sylla, invulgarmente (pois tem sido titular absoluto), começou o jogo no banco, do qual saltou para marcar o golo arouquense. Questionado acerca dessa escolha e se este poderá ser titular em Famalicão, Vasco Seabra elogiou a performance do maliano, bem como os restantes suplentes utilizados: “Deu-me uma cartada para criar boas dores de cabeça e ainda bem que sim. Eu disse na flash que nunca gostava de jogar contra o Sylla, porque ele tem um talento gigante. Esta semana sentimos outras coisas e outra perspetiva para o jogo. A verdade é que o Sylla entrou muito bem, deu velocidade, mas encontrou essencialmente muitos espaços interiormente e conseguiu atrair muitos jogadores para depois soltar e explorar à frente. Teve uma entrada muito boa, tal como o Pedro (Santos), penso que os dois catapultaram a equipa para a frente. Todas as entradas acabaram por ajudar, o Henrique (Araújo) soltou mais o Trezza para poder ter um mais em apoio, o outro em profundidade. O Quaresma também, o objetivo era dar largura máxima e conseguirmos ter presença de 3/4 jogadores na área. As entradas tiveram atitude e, por isso, satisfeito com eles.”
No próximo fim de semana, os Lobos de Arouca deslocam-se a Famalicão, para defrontar a equipa treinada por Armando Evangelista, que treinou o FCA durante 3 épocas, tendo-se tornado o treinador com mais jogos pelo clube na Primeira Liga.
Texto: Simão Duarte
Foto: FC Arouca