Patronato celebrou os 75 anos de existência, relembrando o início para falar do futuro

O Patronato – Centro Paroquial e Social Santa Mafalda celebrou, na tarde da passada sexta-feira (dia 8), os seus 75 anos de existência. Fundada em 1949, pela mão do Padre Adriano de Sousa Moreira, esta instituição de cariz social cresceu ao longo dos anos e, no presente momento, tem ao dispor da população arouquense as seguintes valências:

  • Lar de Infância e Juventude (1951), que acolhe 50 crianças e jovens do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 3 e os 18 anos, em regime de internato
  • Centro de atividades de tempos livres (1957), frequentado por cerca de 80 crianças, com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos
  • Creche (1969), que acolhe 84 crianças dos 3 meses aos 3 anos
  • Jardim de Infância (1969), com 100 crianças dos 3 aos 6 anos
  • Centro de Atividades Ocupacionais (1989), que dá resposta às necessidades de 15 utentes com diversos tipos de deficiência física/mental
  • Residências de Autonomização e Inclusão (2023), nas quais 6 pessoas com deficiência, com idade igual ou superior a 18 anos, recebem apoio na transição para soluções alternativas de vida na comunidade
  • Apartamento de Autonomização (2023), um alojamento residencial que acolhe/apoia dois utentes no processo de autonomização e que beneficiem de medidas de promoção e proteção

A cerimónia iniciou-se com um discurso do atual presidente da instituição, o Padre Luís Mário, que começou por agradecer a presença das diversas figuras e entidades que marcaram presença nesta celebração. Entre os presentes, destacam-se a Secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Clara Marques Mendes, o Bispo Auxiliar do Porto, D.Roberto Mariz, a presidente da Câmara Municipal de Arouca, Margarida Belém, bem como o diretor da Segurança Social de Aveiro, Dr. Fernando Mendonça, e demais pessoas ligadas ao passado e ao presente da instituição, como, por exemplo, o Padre Peres.

Salientando toda a obra que a instituição já possui, a qual conta com 83 colaboradores ao serviço dos 397 utentes, o pároco anunciou ainda os dois novos projetos. O primeiro deles é o aumento da capacidade do Centro de Atividades Ocupacionais (CACI), passando dos 15 utentes atuais para 29. A empreitada, que conta com financiamento do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), necessita ainda de financiamento para os equipamentos. O segundo projeto trata-se de uma ERPI (Estrutura Residencial Para Idosos), que terá capacidade para acolher 80 idosos. Também ela conta com financiamento do PRR, necessitando contudo de investimento, especialmente para equipamentos. Tendo isso presente, o Padre Luís Mário apelou à secretária de Estado e à Presidente do Município para perceber se “existe mais alguma possibilidade de mais alguma ajuda”, visto que faltam cobrir 2 milhões de euros, valor entretanto influenciado pela inflação.

As intervenções dos convidados

Seguiu-se a intervenção de Margarida Belém, que destacou a instituição em vários pontos, especialmente na particularidade de “sendo eu mulher, não posso deixar de referir a referência que foi e é o Patronato para o público feminino tendo várias meninas/ mulheres arouquenses esta instituição como referência”, apelou também à secretária de Estado para perceber se as verbas, em termos de fundos comunitários, no âmbito do Norte 2030, poderão “ser reforçadas” e assegurou que “o Município tem testemunhado este percurso ímpar e de excelência e mais do que testemunhado tem procurado contribuir para o mesmo, apoiando anualmente a atividade regular do Patronato, mas também sempre que necessário e dentro dos recursos disponíveis”.

O Bispo Auxiliar do Porto deu ênfase no seu discurso à vertente solidária da instituição, considerando que todos aqueles ligados ao passado e presente desta segue a máxima de “dar de si antes de pensar em si”. D.Roberto Mariz destacou ainda o início do Patronato em “encontrar respostas para as necessidades”, algo que percorreu os 75 anos, e resumiu a sua visão da instituição nas seguintes palavras: “Memória, Gratidão e Esperança Confiante”.

Na sua primeira visita a terras de Santa Mafalda, Clara Marques Mendes começou por felicitar o Patronato, não apenas pelos 75 anos de existência, mas principalmente “pela forma como vocês (Patronato) dão a resposta. Vocês efetivamente são exemplo e são exemplo até na forma como começou. Vocês nascem da necessidade da comunidade, e isto faz, desde logo, a diferença toda na forma como se dão as respostas, porque nascem de baixo para cima e conhecem a realidade.”. Considerando que a instituição faz “um verdadeiro serviço público”, a Secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão foi ainda mais longe. “Estão de parabéns pelos 75 anos, estão de parabéns pela forma como fazem o vosso trabalho, porque vocês fazem um verdadeiro serviço público. Fazem o que o Estado não faz, substituem-se ao Estado em respostas e aqui temos um exemplo da transversalidade nas respostas que é extraordinário.”, referiu.

Após uma entrega de presentes, feitos pelos utentes da instituição, aos principais convidados, houve uma visita guiada pelas instalações, onde em cada divisão os visitantes foram recebidos com sorrisos e estima dos utentes. A celebração terminou com um vasto banquete e um convívio fraterno entre todos os presentes.

O bolo comemorativo dos 75 anos de existência

Texto e Fotos: Simão Duarte

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