Remendos na Estrada N224-1 representam perigo para condutores

Bermas sujas e com ervas também são um problema

Buracos remendados com paralelos, e bermas sujas estão a pôr em risco a segurança rodoviária da Estrada N224-1, que liga o Chão de Ave a Carregosa. Um dos seus utilizadores diários contactou o DD, e descreveu o “perigoso” percurso que tem de fazer diariamente. José Luís Fevereiro, Presidente da Junta de Chave, apesar de já ter reportado a situação às entidades competentes, há mais de dois anos que não vê qualquer tipo de ação.

A estrada nacional 224-1, que liga o Chão de Ave à vila de Carregosa, representa “um perigo para a circulação automóvel”, uma vez que os buracos resultantes das reparações feitas às condutas de água são, de seguida, reparados com “paralelos”, alegadamente pela Empresa Águas do Norte. Esta situação fica depois “eternizada”, pois “nunca mais é reposto o asfalto”. Quem o diz é Vítor Sousa, um utilizador da estrada, que a percorre todos os dias para ir trabalhar. “Em Rossas, junto ao antigo Posto do Leite, na subida para o cemitério, tem outra travessia, quase repleta com paralelos, com um desnível de 4 ou 5 centímetros em relação ao asfalto”, acrescentou o munícipe.  Paralelamente clarificou que “a partir do Chão de Ave é até à Zona Industrial”, encontram-se também “n de reparações” semelhantes. Ao que tudo indica são, de facto, as pessoas que percorrem todos os dias esse percurso que se apercebem da gravidade da situação, pois, à semelhança de Vítor Sousa, acabam por ficar com os carros estragados por passarem nesses locais “centenas de vezes”.

“Esta situação é um perigo para a circulação automóvel”

A testemunha salientou ainda que, na sua perspetiva, deveriam existir “regras” para a “reparação dessas situações”, que obrigassem a quem “estraga” o asfalto, depois, o reestabelecesse. De igual modo Vítor Sousa queixou-se das bermas da estrada de onde árvores como acácias já entram pela via “dentro”.

“Creio que as Águas do Norte, devem ser eles, necessitam de ser chamados à atenção para pararem com esta situação”, afirma, confessando que da sua parte acredita que prestou um serviço de cidadania ao “chamar à atenção para o problema”.

Contactado pelo DD, José Luís Fevereiro, Presidente da Junta de Chave, referiu que já expôs a situação na Assembleia Municipal, e enviou um email às Estradas de Portugal para intercederem junto às Águas do Norte, devido a ser “um perigo para quem circulava”, há cerca de dois anos. Até ao momento “nada foi feito”. No entanto, as Águas do Norte também têm conhecimento da situação, pois o autarca referiu que esteve com uma técnica que se deslocou ao local, que o informou que vão “resolver a situação”, mas que continua a ser “indecente”, pois a empresa tem a “obrigação” de repor a normalidade.  Da mesma forma entrou em contacto com o Município, que lhe respondeu que ia “tentar fazer um regulamento para obrigar as entidades” a cumprirem certas normas no concelho, mas não acredita que seja “muito fácil”.

José Luís Fevereiro acredita que a origem do problema se prende com um “problema estrutural na construção da conduta”, pois existe “muita pressão” na “bombagem de água para Provisende”, de modo que as Águas do Norte “têm de encontrar uma alternativa”. “Isto não se pode perpetuar”, observou.

Apesar de já ter detetado vários buracos ao longo da estrada, o Presidente acredita também que o local mais perigoso é uma curva apertada após o corte para a Zona Industrial da Farrapa, pois “as pessoas têm a tentação de se desviar dos buracos”, situação que pode causar um acidente.

“Isto não se pode perpetuar”

Além disso, reiterou que uma empresa tem a obrigação de “repor as falhas”. “Se fosse ao contrário o cidadão comum também tem de pagar e cumprir, e eles têm de cumprir, pois há regulamentos, contratos assinados”, ressalvou, garantindo ainda que “aquela curva está assim há mais de 2 anos”. Ainda assim, JL Fevereiro denotou que a Infraestruturas de Portugal também tem uma responsabilidade acrescida, porque é quem tutela a estrada, e tem a obrigação de criar “condições de trânsito”. “Acabam por existir zonas que não têm passeio, e fica muito difícil, é uma guerra antiga que, infelizmente, é a única que ainda não ganhamos”, informou o responsável.

No que respeita à limpeza de bermas adianta que “neste verão” a Junta fez uma limpeza “de enxurrada” do Chão de Ave à Farrapa, que é por onde as pessoas “passam mais”. Apesar de não terem “legitimidade para fazer limpezas na Estrada Nacional”, tomaram essa “iniciativa”. Não obstante, o mais importante é a sua “requalificação”, pois já há “500.000 mil euros” da parte das “Águas do Norte”, num “compromisso” a ser gasto na estrada, desde a Farrapa ao Chão de Ave para concluir a “rede de saneamento”, adiantou.

Em particular, na curva referida, (local mais perigoso), passa “muita gente a pé” o que para José Luís Fevereiro é “extremamente perigoso”, porque para além dos remendos, existem “umas canas”, pela parte de dentro da curva, que impedem a visibilidade de todos.

Texto: Ana Isabel Castro

Fotos: Ana Margarida Alves

 

 

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