Na manhã desta quinta-feira, o Discurso Direto foi recebido por João Moita da Silva no MS Collection – Mosteiro de Arouca, o recém-aberto hotel de cinco estrelas e o primeiro a instalar-se em terras de Santa Mafalda.
O Diretor Operacional da marca MS Collection e Diretor de ambos os MS Collection (Mosteiro de Arouca e Palacete de Valdemouro) conduziu gentilmente o Discurso Direto numa visita guiada pelos principais pontos do espaço. Para além das várias características mencionadas no site do MS Collection e no artigo de José Cerca, publicado e disponível no nosso site, um pormenor que saltou à vista foi o respeito e preservação das principais características do Mosteiro. Várias portas, janelas, paredes, arcos, corredores e outros tantos espaços foram renovados, mas não perderam as características que existiam.
Nota ainda para uma curiosa, mas brilhantemente executada, peça do artista Vhils, que aproveitou duas portas antigas daquela ala do Mosteiro para desenhar uma figura humana.
No final da visita, o Discurso Direto colocou algumas questões ao Diretor do MS Collection – Mosteiro de Arouca.
“O Mosteiro de Arouca faz parte do programa do Governo Português chamado REVIVE, em que trata-se de revitalizar monumentos históricos do património nacional, sendo que, o nosso CEO e líder do grupo MS, o sr. Engenheiro Pedro Mesquita de Sousa, viu que Arouca podia ter um potencial enorme para fazermos aqui investimento e recuperarmos (o Mosteiro).
Não podemos fugir ao facto da paixão que isto traz. Às vezes, o investimento tem de vir junto com paixão e poder fazer parte da história de recuperar um Mosteiro como este, com mil anos, e poder dar-lhe vida para dar-lhe mais mil anos, para nós, é algo único.
Ao mesmo tempo, as potencialidades todas que a região tem. Os Passadiços (do Paiva), a Ponte (516), a forma como a vila de Arouca está a crescer e a dinamizar, ser um potencial enorme no que toca à gastronomia, à cultura. O espólio todo de arte sacra que o Mosteiro tem e que nos traz imensos turistas, a proximidade com o Porto. O querer, hoje em dia, as pessoas andarem à procura de outros destinos que não os pólos normais de Portugal – Porto, Lisboa, Algarve, o Douro.
Este hotel dá-nos tudo isso, um potencial enorme de podermos servir pessoas o melhor possível, numa vila que nós percebemos que adora receber pessoas e que gosta de ter pessoas aqui, que tem uma cultura enorme e que facilmente vai apaixonar toda a gente que vier cá. É só trabalharmos, vendermos o destino, porque, qualquer pessoa que venha cá, nós acreditamos que vai gostar, vai voltar, vai falar. Foi isso que nós e o sr. Engenheiro Pedro Mesquita de Sousa viu quando decidiu apostar em recuperar este edifício.”
“Nós somos uma indústria hoteleira, somos um hotel, uma empresa, que trabalha todos os dias que, no final do dia, tem de dar dividendos. Estamos cá para receber pessoas, fazer o melhor e o possível por isso, mas que também temos de dar dividendos.
Para investirmos num sítio destes, estamos a contar que a coisa corra bem, temos muito trabalho pela frente. Temos primeiramente que pensar que temos de vender o destino, somos o primeiro hotel de cinco estrelas da região. Nós, Portugal, somos um ótimo destino, de luxo. Portugal e Espanha, se juntarmos num só, somos o maior destino turístico do mundo. A vila de Arouca ainda não é conhecida no Brasil, nos Estados Unidos, na Austrália.
Temos de começar por vender o destino, mostrar o que o destino tem e depois ter um hotel ao nível do tipo de clientes que visitam a vila e querem vir para cá, para que possam ter o melhor serviço possível.
Não posso sequer pensar de outra forma que não seja um futuro promissor e risonho, que corra bem e que cresça muito. A casa está a começar a andar e nós precisamos de tempo, num hotel como este, para crescer.
Não tenho a mínima dúvida de que nós viemos para ficar, o hotel veio para ficar e vai ser um sucesso de certeza e muito rápido. Acho que o hotel, aquilo que aqui foi feito e o potencial que este hotel tem, como puderam ver, pode-se fazer tanta coisa aqui dentro, que a margem de crescimento é brutal e muito rápida. Só depende de nós fazer isso.”
A obra, referida no texto, do artista português Vhils
O interior do lounge do Hotel
A piscina exterior
A piscina exterior
Texto: Simão Duarte
Fotos: Sofia Brandão