Turismo

Património histórico

Monumentos megalíticos

Os monumentos megalíticos existentes em Arouca encontram-se em diversos locais do território concelhio e predominam nas terras altas ou de meia encosta, sobretudo em terra virgem, onde não chegou, pelos séculos fora, a intervenção humana no arroteamento das terras para a produção agrícola. Daqui poderá concluir-se que outros monumentos funerários terão existido, em diferentes locais, nomeadamente mais próximos do vale, mas as necessidades de utilização do solo e as alterações que por isso foram provocadas, levaram à destruição dos espaços que serviram para enterrar o homem que habitou em tempos mais distantes esta região.

Importa por isso, aqui e agora referenciar os monumentos existentes e que com maior ou menor persistência vão sendo estudados, de acordo com as políticas culturais e a sempre necessária disponibilização de verbas para o efeito. No território do concelho de Arouca estão hoje estudados vários monumentos funerários pré-históricos e está finalmente feito o levantamento do património arqueológico concelhio. Estudos anteriores permitem-nos afirmar que os mais antigos vestígios da presença humana em Arouca datam do IV milénio a .C. Estes vestígios são constituídos por monumentos sepulcrais, denominados por antas, dolmens ou mamoas que foram os locais funerários colectivos das populações pré-históricas.

O conjunto Megalítico de Escariz, na freguesia que lhe dá o nome, constitui o mais vasto património pré-histórico do concelho e está classificado todo o conjunto, bem como algumas mamoas já devidamente estudadas. Destas cerca de 50 mamoas que compõem o Conjunto Megalítico merece especial relevo o Dólmen 1 da Aliviada, classificado como monumento Nacional desde 1992. De grande importância pela sua estrutura são também a mamoa 2 da Aliviada e o Dólmen 4 das Alagoas.

O planalto da serra da Freita é outro dos locais de Arouca de relevante importância em monumentos megalíticos, tendo sido, até agora localizados mais de duas dezenas de monumentos deste tipo. A mamoa de Portela de Anta, situada bem no centro do planalto da Freita, surge-nos como o grande cemitério pré-histórico. É um monumento imponente com um diâmetro que atinge cerca de 30 metros e terá sido, durante mais de um milénio, a grande necrópole de toda a região da Freita.

Também no Arressaio, extremo Norte do concelho, na freguesia de Santa Eulália, a cerca de 500 metros de altitude se encontram vários monumentos funerários. O mesmo sucede na freguesia de Alvarenga, no outro extremo do concelho, a Nascente onde está identificado um vasto e rico património funerário megalítico. Dos monumentos que foi possível estudar, verificou-se que os adornos funerários eram bastante pobres, tendo-se, no entanto recolhido algum importante material como: fragmentos de vasilhas cerâmicas, mós manuais, machados de pedra polida, lâminas e pontas de sílex, bem como milhares de contas em forma de disco, que terão servido de objecto de adorno. Este espólio aguarda exposição num futuro museu que tarde em surgir.

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